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Edição 205

Gestão – A atuação profissional dos nossos sonhos: como você a descreveria?

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O crescimento da carreira hoje depende muito mais do profissional do que da empresa

*Beatriz Resende

Trabalho, carreira, compromissos, obrigações, responsabilidades. Ufa! Tudo isto se trata de uma carga que temos que aceitar como adultos ou podemos falar em felicidade, realização, brilho nos olhos, paixão etc?

Hoje o assunto carreira é amplamente discutido e o foco sempre pautado no viés da escolha. Com isto, entendemos que a responsabilidade sobre ela volta-se para nós./

Trabalho, emprego, carreira: este é outro ponto que precisamos olhar de forma separada. Podemos ter um trabalho e não estar empregados, dentro do vínculo tradicional que conhecemos. O trabalho, se feito com paixão e entrega pode nos realizar. Um emprego que estamos, com condições que não nos agradam, torna a força da paixão pelo trabalho menor, e não há realização. Também podemos ter vários empregos durante a vida sem a conotação de carreira.

O entendimento de que o trabalho pode trazer realização e felicidade, e não ser apenas uma obrigação e um item de sobrevivência, já está disseminado. Pode ser que essa conotação não caiba para todos. E pode ser que uma grande maioria, por não ter colocado foco nessa vertente da vida, não tenha despertado para tal. Uns podem estar em busca e outros talvez nunca se posicionem para ela.

A carreira já foi e ainda é muito atrelada à ideia de sonho: “o meu sonho é ser…” ou então: “tenho o sonho de trabalhar…” Que bom que quando sonhamos coisas boas para nós, o trabalho se inclui neles. Faço isso porque sou uma pessoa que, entre muitas outras coisas boas, adora trabalhar e busco realizar-me através dele.

Quando falo de carreira hoje, cito que ela pode ser escolhida por vários fatores e não apenas a tradução do nosso dom, aquele se apresenta cedo em nossas vidas. Isto vale para alguns casos, mas não para a maioria. Uma carreira pode ser definida ou encaminhada a partir de:

• Um dom, de fato, que te leve a prossegui-la;

• A continuidade em uma área que você teve seu primeiro emprego, não necessariamente por escolha própria;

• Da utilização de competências e habilidades que você tenha e que escolha revertê-las sabiamente em resultados;

• Da continuidade da carreira de parentes próximos que abriram caminho, o que facilita o nosso encaixe e aquisição de resultados mais rápidos;

• Da escolha por seguir pessoas que admiramos em suas profissões;

• Da escolha de carreiras que possam estar alinhadas com qualidade e projetos de vida ou demais sonhos;

• Carreiras que estejam sendo bem avaliadas no presente e no futuro;

• Carreiras que propiciem crescimento rápido;

• Carreiras que deem muito dinheiro;

• Carreiras onde possamos ser referências;

• Contribuição social e para melhoria do planeta e do mundo.

Isso prova que o trabalho hoje faz parte de nossa vida, dentro de uma visão muito diferente da que foi um dia. Com as carreiras também foi assim:

• Pessoas tinham trabalho para sobreviver, não tinham carreira;

• Carreira no passado era para poucos;

• As primeiras carreiras que se têm notícias estiveram no âmbito do exército, marinha e aeronáutica;

• Depois as carreiras passaram a ser definidas pelas empresas e as pessoas, de forma submissa, esperavam as oportunidades;

• Hoje a carreira está na mão do profissional e depende mais dele do que das empresas e instituições.

/Portanto, hoje é mais possível realizar-se de forma comprometida com aquilo que escolhemos do que antes. Sem falar das opções. Estar em sintonia com algo que gostamos ou esteja na nossa veia está mais fácil de achar do que antes.

Se estamos trabalhando em algo que gostamos e que nos traz realização profissional e pessoal (porque essa dupla anda junto), de preferência num lugar que nos afinamos ou construímos com os nossos valores, então somos pessoas/profissionais privilegiados. No sentido de mérito e não de favorecimento. E, por isto, é acessível a todos.

E, por final, mesmo que estejamos trabalhando naquilo que escolhemos, que nos realiza, que nos traz retornos positivos e que permite nossa evolução financeira e social, nem tudo é fácil e brilhante. Mesmo a atuação dos sonhos tem dificuldades, dias ruins, partes que não gostamos de fazer, envolvidos que não temos afinidades, resultados não tão glamorosos, energias desperdiçadas etc. Como qualquer situação que tratamos em nossas vidas.

Mas, se em tudo há o chamado “dois lados”, que bom se podemos enfrentar o lado mais difícil com vontade, engajamento, disposição, fé e paixão. Torna tudo menos pesado. Saímos da posição acomodada de vitimismo para a de responsável por nós e por aquilo que intencionamos.

Nesse sentido e nessa “busca”, qual seria o seu grito de guerra para esse ano? Aquele que viria do seu sonho, da sua escolha, do seu posicionamento pessoal e profissional? Descubra-o então para si e para o mundo!

Que todos os nossos leitores tenham um ótimo 2019! Que a vocação, aquela que você escolheu e desenvolveu, permita experiências maravilhosas para si para quem você convive e a compartilha. E para um mundo melhor!

Beatriz Resende é consultora, palestrante e conselheira de carreiras da Dra. Empresa – Consultoria Empresarial (www.draempresa.com.br)

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