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Com queda e 7% na produção, Europa está importando mais açúcar

Apesar da derrocada dos preços na última semana - que fez os contratos de açúcar de março serem negociados a US$ 14,46, o preço foi 5,4% maior
Foto/ilustrativa
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Depois de uma onda de calor que prejudicou a colheita de beterraba, a Europa teve que importar mais açúcar no final do ano e as empresas que fabricam doces, bolos e refrigerantes pagaram muito mais do que o normal para obter açúcar no curto prazo.

A UE registrou queda da produção cair 7% nesta temporada, para 15,5 milhões de toneladas, depois que o calor do verão e a seca afetaram as safras. As plantações caíram 20% nos últimos cinco anos, depois que os preços historicamente baixos levaram os agricultores a mudar para culturas mais lucrativas, como grãos.

De acordo com reportagem da Bloomberg, isso está comprimindo suas margens de lucro e até mesmo aumentando o risco de algumas fecharem, de acordo com a CIUS, que representa os usuários europeus de açúcar.

A associação quer que a União Europeia suspenda temporariamente as tarifas de importação para permitir embarques de açúcar refinado para aliviar a escassez. O problema, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Açúcar,  é que tal movimento pode pesar nos preços locais do açúcar, prejudicando a renda dos produtores em um momento em que os custos dos insumos dispararam.

“Estamos profundamente preocupados por termos entrado em uma situação de déficit de longo prazo. Se medidas adequadas não forem implementadas, a mesma situação se repetirá na próxima campanha”, disse o presidente da CIUS, Yury Sharanov, em um seminário em Londres, conforme divulgado pela Bloomberg.

A produção de açúcar da UE caiu cerca de um quarto desde o salto na temporada 2017-18, quando a remoção das cotas de açúcar permitiu que as empresas da região produzissem e exportassem o quanto quisessem. Isso ajudou os preços europeus a se recuperarem, exacerbados por uma crise energética que forçou os produtores a repassar os custos aos consumidores.

Apesar das expectativas de superávit no mercado mundial nesta temporada, a S&P Global Commodity Insights previu que a oferta global persista até o segundo trimestre. Para aliviar essa crise, a Europa poderia comprar de países em lugares como a África e o Caribe, cujos embarques caíram nos últimos anos, mas que agora podem ser mais atraentes aos preços atuais, disse o CEFS.

Outra opção é mais comércio com os principais exportadores Brasil e Índia. No entanto, as cotas indianas limitam a quantidade que as usinas podem enviar, enquanto os preços mais altos do etanol estimularam as usinas brasileiras a desviar mais cana para produzir o biocombustível.

Com informações da Bloomberg

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