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Indústria, agronegócio e comércio vão cobrar ações dos prefeitos eleitos

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Indústria, agronegócio e comércio vão cobrar ações dos prefeitos eleitos. Atentas à campanha dos candidatos a prefeito e vereador, as federações das Indústrias (Fiemg) e da Agricultura e Pecuária (Faemg) de Minas Gerais já preparam propostas para negociar com os eleitos medidas nos municípios pela recuperação da economia. CDL-BH também pede política municipal de retomada de investimentos.

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Os prefeitos e vereadores eleitos em novembro terão pouco tempo para festejar, diante do cenário desafiador da economia em 2021. Logo no começo dos mandatos, devem ser cobrados pelas entidades do comércio, indústria e agronegócio por medidas de enfrentamento à crise.

Indústria, agronegócio e comércio vão cobrar ações dos prefeitos eleitos

Indústria, agronegócio e comércio vão cobrar ações dos prefeitos eleitos. (Foto: reprodução)

A pauta da recuperação das empresas e do emprego ganha corpo nos municípios, na contramão da teoria de que política econômica só se faz nos gabinetes da União e dos ministérios.

A Fiemg defende mecanismos a exemplo de conselhos plurais com representação da sociedade civil organizada para discutir planejamento de longo prazo, além de propostas para estimular a reação das empresas prejudicadas pela retração da economia, num ano de grandes estragos provocados pelo novo coronavírus, e atender aos mais afetados pelo impacto da COVID-19.

Os pleitos dos industriais mineiros envolvem ações das prefeituras com base no mapeamento do potencial das cidades e de estímulos para a retomada de investimentos.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, tem dito que essas iniciativas terão de ser tomadas sem contar mais com recursos federais. “Nessa primeira etapa, a União já exauriu o seu potencial de recursos. Em 2021, será a vez de os estados e municípios trabalharem como agentes da recuperação. Nos municípios, a vida econômica é, de fato, exercida”, afirma Rosce. Cabe a função também às câmaras municipais, que legislam pouco, na visão da Fiemg.

A entidade já tem encaminhado suas sugestões aos candidatos a prefeito. Está também organizando debates com os concorrentes às prefeituras de Belo Horizonte – serão dois eventos, em 5 e 12 de novembro – e dos principais municípios nas regiões Sul do estado, Pontal do Triângulo, Centro-Oeste, Norte, Vale do Paranaíba, Alto Paranaíba, Vale do Rio Grande, Rio Doce, Vale do Aço e Zona da Mata.

Roberto Simões, presidente da Faemg, diz que a atividade espera programas locais para fortalecimento do agronegócio, como solução de problemas e demandas da produção. “É na base, nos municípios, que as demandas são mais latentes e identificadas, especialmente no meio rural.”

Não sem motivo, segundo dados do TSE compilados pela Faemg, do total de 555 mil candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, cerca de 38 mil declararam, como profissão, agricultor.

O sentimento dos produtores rurais é de que, caso eleitos, a pauta da agropecuária e do agronegócio poderá ser tratada com mais atenção em suas plataformas de governo. “Potencializando a produção, a agregação de valor”, destaca Roberto Simões.

A Faemg tem sugerido também a criação de consórcios intermunicipais de atenção à segurança alimentar e sanidade agropecuária.

Com essa forma conjunta de trabalhar os dois temas, as prefeituras incentivariam outros segmentos, como o turismo gastronômico, dentro do conceito de economia circular, assentada sobre um ciclo de sustentabilidade.

Os produtores de Minas querem, ainda, que os novos prefeitos se envolvam com projetos de melhoria das estradas rurais para promover o escoamento da produção. Com seus 35 sindicatos espalhados pelo estado, a Faemg tem argumento forte para se apro- ximar adas prefeituras.

Pesquisas do IBGE indicam que em 417 dos 853 municípios mineiros, a agro- pecuária é o segundo setor que move a economia e em 143 cidades é o carro-chefe da produção local de bens e serviços, medida pelo PIB.

O comércio, por sua vez – uma das atividades mais desgastadas pela pandemia –, já tem reclamado aos candidatos políticas de apoio e diálogo, após meses de perda de faturamento com os longos períodos de fechamento da economia para conter a disseminação do coronavírus.

Entidades do setor, a exemplo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), requerem políticas municipais para a retomada de investimentos e acesso a crédito facilitado. Com o caixa apertado das prefeituras, as soluções não serão, de fato, simples para os eleitos.

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