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Indústria

Açúcar: contratos fecham em baixa nas bolsas internacionais

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Os contratos futuros do açúcar fecharam em baixa nas bolsas internacionais na última sexta-feira (21). Segundo analistas ouvidos pela Reuters, o dia foi marcado por “especuladores liquidando parte de sua grande posição comprada em meio a um dólar mais forte”.

No vencimento julho/21 da ICE, de Nova York, a commodity foi comercializada em 16,67 centavos de dólar por libra-peso, queda de 37 pontos, ou 2,2% no comparativo com os preços praticados na véspera. Já a tela outubro/21 caiu 33 pontos, negociada em 16,84 cts/lb. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 25 e 36 pontos.

“É improvável que o anúncio da Índia de um corte nos subsídios à exportação tenha qualquer impacto sério nas exportações da temporada, disseram os comerciantes, já que é amplamente considerado que os comerciantes indianos haviam contratado a venda de mais de 5,5 milhões de toneladas da meta de exportação de 6 milhões de toneladas antes do corte de subsídio”, destacou a Agência Internacional de Notícias.

Em Londres 

Em Londres o açúcar branco também fechou em baixa em todas as telas na última sexta-feira. O vencimento agosto/21 foi comercializado em US$ 447,40 a tonelada, desvalorização de 6 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/21 caiu 6,90 dólares, negociada em US$ 448,50 a tonelada. Os demais lotes retraíram entre 6,30 e 7,30 dólares.

O açúcar no Brasil

No mercado interno, medido pelo Cepea/Esalq, da USP, o açúcar cristal fechou em alta na última sexta, com a saca de 50 quilos negociada em R$ 116,03, contra R$ 115,10 da véspera, valorização de 0,81% no comparativo.

Análise

Segundo Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting, “os três primeiros vencimentos de NY (na última sexta-feira) mostram um mercado futuro em ligeiro carrego, refutando a narrativa de possível falta de açúcar no curtíssimo prazo. Ainda assim, se ela ocorrer, o carregamento refletido nas cotações futuras pode indicar que a quantidade de açúcar no pipeline (sistema) é mais do que suficiente para se contrapor a um eventual desequilíbrio pontual na oferta”.

“Na semana passada, quando os fundos aumentaram suas posições compradas, o mercado moveu um ponto para cima a cada 172 lotes negociados (comprados) pelos fundos. Agora, nesta semana, em que liquidaram suas compras, o mercado caiu 1 ponto a cada 288 lotes vendidos. Parece-nos que o mercado está assimilando melhor a queda — já que absorve mais lotes para variar apenas um ponto. Pode ser fixação de consumidor? Apenas conjecturando”, destacou Corrêa.

Na análise semanal do diretor da Archer, o Brasil exportou 1.9 milhão de toneladas de açúcar em abril levando o acumulado de doze meses (maio/20-abril/21) para 32.5 milhões de toneladas, volume que é 68.7% superior ao do mesmo período do ano passado. “Grosso modo, o mercado internacional assistiu a uma inundação de açúcar brasileiro de 13.3 milhões de toneladas em um ano. Analisando o período de 24 meses objetivando anular eventuais picos e vales, as exportações alcançaram 51.8 milhões de toneladas (cobrindo maio/19-abril/21), ainda 12% abaixo do maior volume no período de 24 meses alcançado em outubro/2017, que foi de 58.7 milhões de toneladas”.

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