Jean Paul Prates foi aprovado por unanimidade pelo conselho de administração da Petrobras. As informações foram dadas por fontes ouvidas pelo Estadão. Prates foi indicado pelo governo Lula nos primeiros dias de janeiro e desde a última semana iniciou no Rio de Janeiro uma série de reuniões para tomar conhecimento da real situação da companhia.
Entre as expectativas com a entrada do ex-senador (PT-RN) na estatal está o fim da política de preços de importação (PPI), mantendo referência no mercado internacional; a suspensão do programa de desinvestimento para reavaliação; revisão do Plano Estratégico 2023-2027; e a ampliação da produção de biocombustíveis, assim como o desenvolvimento de projetos de geração de energia limpa.
Diretoria dedicada à transição energética e energias renováveis
De acordo com fontes ouvidas pelo Estadão, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) planeja criar uma nova diretoria dedicada à transição energética e energias renováveis. Se confirmada, já haveria um nome forte para assumi-la: o professor da UFRJ Maurício Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O Estadão/Broadcast apurou que Prates já fez o convite a Tolmasquim, que tem bom trânsito no PT e é respeitado pelo mercado de energia. Procurado, o ex-presidente da EPE não comentou o assunto.
A intenção também seria realizar as demais nomeações aos poucos, além de promover mudanças graduais na estratégia. Isso teria o objetivo de sinalizar ao mercado que “não há nenhuma revolução em curso”, sobretudo em temas como a precificação de combustíveis, disse uma pessoa a par das conversas.
Prates tem expressado o desejo de transformar a Petrobras em uma empresa com forte presença em energia eólica offshore (no alto-mar), hidrogênio verde e biocombustíveis. O plano se aproxima da visão de Tolmasquim. Ambos defendem que a petroleira siga o caminho da energia limpa.