Raízen divulga prévia operacional do 1º trimestre da safra 2025/26 com queda na moagem e avanço no E2G
A Raízen divulgou nesta quarta-feira (24) sua prévia operacional referente ao primeiro trimestre da safra 2025/26. Os dados, ainda não auditados, refletem os impactos climáticos no campo, o desempenho das operações de etanol, açúcar e bioenergia e os volumes comercializados nos segmentos de distribuição de combustíveis no Brasil e na Argentina.
A companhia registrou uma moagem de 24,5 milhões de toneladas de cana no período — número inferior às 30,9 milhões de toneladas processadas no mesmo trimestre do ciclo anterior (1T 24/25). A queda foi atribuída às chuvas persistentes, que reduziram o ritmo da operação e limitaram a diluição de custos. O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) foi de 121 kg/ton, também abaixo do registrado um ano antes (124 kg/ton), afetado por queimadas e clima adverso na safra anterior, que comprometeram o desenvolvimento dos canaviais.
Apesar disso, a qualidade da matéria-prima permitiu à Raízen maximizar a produção de açúcar. O mix de produção no trimestre foi de 52% para açúcar e 48% para etanol, ligeiramente mais açucareiro que no ano anterior (50%/50%).
Etanol de segunda geração avança com novas plantas
As vendas de etanol próprio somaram 496 mil m³, acompanhando a menor produção e uma estratégia comercial ajustada para o ciclo. O preço de venda se manteve em linha com as referências do mercado, com base no indicador ESALQ.
Um destaque do trimestre foi a produção de etanol de segunda geração (E2G), que atingiu 22,8 mil m³. O crescimento se deve ao início das operações das plantas de Univalem e Barra, além da expansão da unidade Bonfim.
As vendas de açúcar próprio somaram 995 mil toneladas, volume alinhado à disponibilidade de produto e à estratégia de embarques ao longo do ano. Já a cogeração de energia elétrica somou 537 mil MWh, impactada pela menor moagem e pela reduzida disponibilidade de biomassa.
Distribuição de combustíveis mantém ritmo estável
No segmento de distribuição de combustíveis no Brasil, a Raízen comercializou entre 6.720 e 6.800 mil m³ no trimestre, mantendo-se alinhada ao plano de expansão da companhia. A rentabilidade, no entanto, foi impactada por efeitos negativos de inventário e pela substituição de parte das operações com fornecedores por dívidas.
Na Argentina, o volume comercializado ficou entre 1.720 e 1.760 mil m³. A rentabilidade também foi pressionada pela manutenção programada da refinaria e por efeitos de inventário.
A companhia informou que os resultados auditados do 1T 25/26 serão divulgados em 13 de agosto, após o fechamento do mercado. A teleconferência com investidores acontecerá no dia seguinte, 14 de agosto. A Raízen entra em período de silêncio (“quiet period”) a partir de 29 de julho, conforme práticas de governança.