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Preços do açúcar caem para níveis mais baixos em mais de 4 anos

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Os preços do açúcar voltaram a apresentar fraqueza na sexta-feira (24), com o contrato em Nova York recuando para uma nova mínima de 4,5 anos e o de Londres registrando o menor patamar em 4,25 anos.

O contrato de açúcar bruto com vencimento em março de caiu 2,1%, para 14,97 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma mínima de quatro meses, de 14,93 centavos de dólar por libra-peso. O mercado perdeu 3,4% na semana. Já o contrato mais ativo do açúcar branco fechou em queda de US$ 6,50, ou 1,5%, indo a US$ 431,30 por tonelada, tendo atingido seu menor valor desde julho de 2021, em US$ 430 por tonelada.

Um dia antes, na quinta-feira, as cotações chegaram a ensaiar uma recuperação temporária após a alta do petróleo, impulsionada pelas novas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra a Rússia. O avanço do petróleo tende a favorecer os preços do etanol e pode levar usinas ao redor do mundo a destinar mais moagem de cana para a produção do biocombustível em detrimento do açúcar, reduzindo a oferta do adoçante.

Apesar disso, a pressão sobre o mercado persiste há sete meses, principalmente diante de sinais de maior produção do Brasil. Segundo dados da Unica divulgados na última quinta-feira, a produção de açúcar no Centro-Sul na segunda quinzena de setembro aumentou 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 3,137 milhões de toneladas. No mesmo intervalo, a proporção de cana moída destinada ao açúcar subiu para 51,17%, ante 47,73% no ano anterior. No acumulado da safra 2025/26 até setembro, a produção da região totalizou 33,524 milhões de toneladas, alta de 0,8% na comparação anual.

Na última terça-feira, a consultoria Datagro projetou que a produção de açúcar do Centro-Sul na safra 2026/27 deve avançar 3,9% em relação ao ciclo anterior, alcançando o recorde de 44 milhões de toneladas.

O cenário de forte oferta global também contribui para a queda das cotações. Na segunda-feira passada, o BMI Group estimou um superávit mundial de 10,5 milhões de toneladas em 2025/26. Já a Covrig Analytics, na terça-feira, projetou excedente global de 4,1 milhões de toneladas.

Com informações da Barchart

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