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Aumento da mistura de etanol poderá impactar gasolina A

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a fiscalização de fraudes em bombas e a análise dos combustíveis dos postos de Ribeirão Preto estão atrasadas.

O programa que poderá ser aprovado pelo governo, que permite o aumento da mistura do etanol de 27,5% para 30%, poderá impactar a gasolina. De acordo com Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, após dois anos e meio de crescimento constante, o consumo de gasolina A (sem adição de etanol anidro) deve enfrentar ventos contrários com a decisão do governo de aumentar o teor máximo de etanol anidro.

“A elevação do teor atual de 27% para 30% pode acarretar uma diminuição de 107.600 m³ por mês na demanda por gasolina A, o que corresponde ao volume de um pouco mais de dois navios tanqueiros de categoria MR (médium range, de porte médio), usados nas operações de importação de gasolina. Em 2022, o consumo de gasolina A alcançou 31,42 milhões de m³, atingindo seu maior nível desde 2017, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, disse Boutin.

A mudança de mistura pode também reduzir a competitividade da gasolina C na bomba frente ao etanol anidro, ao passo que o biocombustível costuma ser mais caro do que a gasolina A. Ainda segundo o especialista, no terminal de Paulínia, o indicador Argus de etanol anidro livre de impostos ficou R$112/m³ em média acima do valor da gasolina A vendida pela Petrobras desde 1 de janeiro de 2023.

Na ultima sexta-feira, 04, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que com a mistura, o Brasil vai ter  a gasolina mais limpa do mundo. “Além do carro flex, com etanol e gasolina”, disse Alckmin durante agenda em Passo Fundo (RS), onde participou do anúncio de construção de uma nova usina de etanol. “Há um estudo”, acrescentou ele pouco depois.

O aumento de combustíveis chamados limpos já é promovido em combustíveis fósseis como o diesel, cuja mistura de biodiesel subiu para 12% em março. A previsão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), responsável por aprovar o aumento, é que esse percentual deverá chegar a 15% até 2026.

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