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Em Ribeirão, proprietários rurais usam crédito de carbono para reflorestar áreas de preservação ambiental

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Projeto já beneficiou 25 hectares de áreas rurais da região com o plantio de cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica

Milhares de árvores recém-plantadas com recursos de crédito de carbono em propriedades rurais da região são provas vivas do pioneirismo de Ribeirão Preto, principalmente quando o assunto é agronegócio. Enquanto Petrobrás e BNDES acabam de assinar uma parceria para movimentar o mercado nacionalmente, criando um projeto para reflorestar a Amazônia, a região de Ribeirão Preto já estreava no ano passado um programa de venda antecipada de crédito de carbono, que hoje já rende frutos – ou, melhor dizendo, cerca de 42 mil árvores de cerrado e mata atlântica plantadas em 25 hectares de propriedades rurais da Alta Mogiana.

É o programa Ana Primavezi, do Instituto Ubá de Sustentabilidade, cuja meta é alcançar 2 mil hectares somente na região de Ribeirão Preto, algo em torno de 3 milhões e 350 mil árvores nativas.

Iniciado na região, o programa já está disponível para todos os proprietários rurais do Estado de São Paulo. Ele se torna viável até mesmo para os pequenos agricultores por causa da venda antecipada de crédito de carbono para grandes empresas. Trata-se de uma cadeia produtiva com três pontas: o cliente (uma empresa que compra antecipadamente os créditos de carbono, financiando o projeto); o Instituto Ubá (que desenvolve o projeto e presta assessoria ao agricultor até que as árvores estejam adultas) e o agricultor, que é beneficiado ao ter sua propriedade restaurada com o plantio das árvores nativas, adequando suas terras ao Código Florestal.

Diretora executiva do Instituto Ubá, a engenheira florestal Marina Gavaldão explicou que no caso dos projetos da região de Ribeirão Preto, quase todos os recursos vêm da compra antecipada de carbono pelo cliente, que assim compensa suas emissões de gases de efeito estufa. “Isso inclui as auditorias, insumos e acompanhamento técnico. Os proprietários rurais, em contrapartida, fazem as operações de manejo e transferem o direito sob os créditos de carbono ao cliente. Sob nossa supervisão, eles se engajam para manter as florestas durante 40 anos, prazo exigido pela legislação”, explicou Marina.

BENEFÍCIOS PARA O AGRICULTOR

Thaís Costacurta, proprietária da fazenda Morro Azul juntamente com sua mãe, comemora a proposta. “É uma ideia perfeita; com certeza vai ajudar a cobrir muitas outras áreas no estado de São Paulo”, disse. “Era muito caro pra gente reflorestar sozinhas essa parte degradada, seria impossível”.

De cinco em cinco anos, até o final do contrato de 40 anos, a Ubá visitará a Morro Azul para monitorar o crescimento das plantas, medindo o carbono existente nelas na presença de um técnico certificado. A entidade ainda realiza outras visitas ao local para orientar as proprietárias rurais.

 

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