A Indian Oil Corp assinará um acordo com a LanzaJet para produzir combustível de aviação mais limpo em sua refinaria de Panipat, no norte da Índia. A informação foi dada pelo presidente da refinaria estatal, S. M. Vaidya à Reuters no início da semana.
A LanzaJet, com sede em Chicago, EUA, ajuda empresas a produzir combustível de aviação a partir de etanol fabricado a partir de resíduos agrícolas ou industriais, contando com a Microsoft, o Departamento de Energia dos Estados Unidos, a japonesa Mitsui & Co e a canadense Suncor Energy como seus investidores.
Até 2030, 2% do combustível de aviação produzido pela Indian Oil será combustível de aviação sustentável, disse Vaidya à Reuters nos bastidores da Semana de Energia da Índia em Bengaluru. Atualmente, a refinaria estatal não produz combustível de aviação a partir do etanol.
A Indian Oil já tem um acordo com a LanzaTech, empresa controladora da LanzaJet, para converter resíduos em etanol, e o acordo com a LanzaJet ajudará a atualizar o etanol para combustível de aviação mais limpo.
A refinaria de petróleo também está em negociações com a italiana Snamprogetti SpA para a conversão de gasodutos em oleodutos de hidrogênio.
Ao contrário dos Estados Unidos e da União Europeia, a Índia ainda não possui políticas que regem o combustível de aviação sustentável (SAF). Espera-se que o mandato do SAF da Comissão Europeia comece em 2025 com um volume mínimo de SAF de 2%.
A LanzaTech pretende começar a produzir combustível de aviação baseado em etanol na refinaria de Panipat em dois a três anos. Podemos misturar até 50% (SAF com combustível de aviação)”, disse a CEO Jennifer Holmgren à Reuters nos bastidores da conferência de energia.