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Empresa pretende investir R$ 1,1 bilhão na produção de etanol de milho no Tocantins

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Tocantins Bioenergia prevê inauguração em 2026, com investimentos em Miranorte, por meio da parceria entre Agrojem, acionistas da ACP Bioenergia e Czarnikow

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, recebeu na última semana, representantes da Tocantins Bioenergia para a apresentação do projeto de implantação de uma indústria de bioenergia no município de Miranorte, com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão.

O fundador e CEO da Agrojem, José Eduardo Motta, esteve acompanhado do CEO da ACP Bioenergia, Alexandre Candido, e do representante da empresa inglesa Czarnikow no Brasil, Fernando Soares.

Além dos R$ 1,1 bilhão de investimento inicial para a construção do parque industrial de etanol de milho em Miranorte, a Tocantins Bioenergia projeta a criação de aproximadamente 400 empregos diretos na fase de instalação e mais 100 na fase de operação. O empreendimento também deve gerar mais de R$ 100 milhões em arrecadação anual de impostos estaduais a partir de 2027, sem considerar os benefícios fiscais fornecidos pelo Governo do Tocantins.

Wanderlei Barbosa destacou a satisfação, enquanto governador, quando empresas buscam investir no Tocantins, citando a geração de empregos e contribuição no crescimento econômico do estado. “A maioria absoluta da produção de milho no nosso território é para exportação e agora vamos industrializar. Quando você industrializa, você gera riquezas e oportunidades de emprego no estado, e é isso que essa parceria de investidores traz para nós”, disse.

Ainda de acordo com ele, o governo tem “modelado a legislação” para facilitar a instalação do setor empresarial, mantendo atenção à proteção ambiental, por meio do crescimento sustentável. “Nós queremos que o Tocantins cresça, mas sem perder de vista a sustentabilidade”, pontuou ao comentar a necessidade de atenção às áreas de preservação ambiental.

O secretário de estado da agricultura e pecuária, Jaime Café, também esteve presente na reunião. “O governador Wanderlei Barbosa tem colocado sempre a segurança jurídica em pauta quando essas estruturas se estabelecem em nosso estado e a Agrojem traz um produto importante para o Tocantins, que é o processamento do milho, que nós temos em abundância”, observou.

Ele ainda completa: “Além do etanol de milho, a indústria produzirá, também, o DDG, que é uma ração de altíssimo valor proteico que, com certeza, viabilizará novas plantas, tanto de confinamento quanto de produção proteína animal”.

O fundador e CEO da Agrojem, José Eduardo Motta, contou que, há alguns anos, o grupo vem estudando a viabilidade de implantação de uma indústria desse porte no Tocantins. “Agora nós buscamos os nossos parceiros investidores. Uma é a ACP Bioenergia, que já opera grãos em um polo de Caseara e Marianópolis; a outra é a Czarnikow, com sede em Londres, mas com operações no Brasil. Eles se juntaram a nós nesse projeto e agora estamos dando o pontapé inicial para as obras desta, que será a primeira grande indústria de etanol de milho no Tocantins”, detalha.

Parceria

A parceria entre o governo do Tocantins e a iniciativa privada foi destacada pelo secretário de estado da indústria, comércio e serviços, Carlos Humberto Lima. “A gestão sempre está atenta aos novos investimentos e, como é neste caso da indústria de etanol de milho, haverá necessidade de recuperação de rodovias para devolver a capacidade logística assim que o empreendimento ficar pronto”, pontuou.

Com isso, ele relata que o governado determinou estudos técnicos preliminares para que, assim que possível, a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura do estado inicie o processo de recuperação da TO-446. “Isso irá viabilizar a realização desse importante empreendimento que vai impulsionar a economia tocantinense, fazendo com que grãos, que anteriormente eram simplesmente exportados, passem a ser processados em nosso território, agregando valor ao produto final”, disse Lima.

Por sua vez, o CEO da ACP Bioenergia, Alexandre Candido, contou que a empresa investe no Tocantins desde 2019 e que reconhece o potencial de expansão do estado. “Aqui nós temos alguns benefícios competitivos quando olhamos para o Brasil como um todo, além da logística ferroviária e posicionamento estratégico, a fim de abastecer o mercado do Nordeste, bastante deficitário em etanol”, listou o investidor.

A opinião foi acompanhada pelo representante da Czarnikow, Fernando Soares. “Entendemos que o projeto reúne elementos únicos, como a grande disponibilidade e potencial de acesso à matéria-prima, que é o milho, no estado do Tocantins e, principalmente, na região de Miranorte”, afirma e segue: “A estrutura de confinamento da Agrojem traz segurança para o escoamento da produção de grande parte do DDG a ser produzido. Além disso, a estrutura logística que existe na região permite que possamos escoar o etanol internamente e para outros estados”.

A empresa Tocantins Bioenergia foi criada por meio da parceria entre a Agrojem, acionistas da ACP Bioenergia e a Czarnikow, e está sediada no município de Miranorte. Segundo a companhia, todos os processos ambientais e de engenharia do projeto industrial já foram iniciados e a previsão de inauguração da planta é em outubro de 2026.

Araguaína Notícias/Kaio Costa
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