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Empresas europeias são acusadas de cartel no mercado de etanol
As empresas belga Alcogroup e a sueca Agroetanol foram acusadas nesta quinta-feira, 7, por reguladores antitruste da União Europeia, de participarem de um cartel no mercado de etanol entre setembro de 2011 e maio de 2014, segundo informações da Reuters.
Se forem consideradas culpadas de irregularidades, as empresas podem receber multas de até 10% do faturamento global. O órgão de concorrência da EU já havia multado a espanhola Abengoa em 20 milhões de euros no ano passado por fraudar métricas do mercado de etanol. Na época, a Abengoa admitiu irregularidades em troca de uma multa reduzida.
A Alcogroup produz 900 milhões de litros de etanol combustível, 600 mil toneladas de produtos de alimentação de alta proteína (DDGS), 60 MW de eletricidade e e captura 500 mil toneladas de CO2 para estufas e uso alimentar e industrial, substituindo o CO2 de origem fóssil. A companhia também está pesquisando o uso da glicose para a produção de bioplásticos e outras aplicações de concentrado proteico.
Já a sueca Agroetanol é a maior biorrefinaria da região nórdica e faz o refino de cereais e resíduos em etanol, proteína e dióxido de carbono. O etanol produzido é usado principalmente como combustível e até 5% de etanol está incluído na gasolina comum.
Os alvos da acusação, as empresas Alcogroup e a Agroetanol, discordaram da Comissão Europeia e poderão apresentar seus argumentos por escrito e solicitar uma audiência a portas fechadas antes que a Comissão tome uma decisão final. De acordo com o vice-presidente da Comissão, Margarethe Vestager, em comunicado divulgado pela Reuters, há uma preocupação em relação a conduta das empresas, que pode prejudicar a concorrência no mercado de fornecimento de biocombustíveis.
“Com os preços dos biocombustíveis inflados artificialmente, os objetivos do Green Deal também são prejudicados”, afirmou Margarethe Vestager.
Com informações da Reuters
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