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Etanol: cenário tende a seguir positivo

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A expectativa é de aumento na produção de etanol na safra 2023/24. Nas últimas cinco Safras, a produção de etanol de milho no Brasil aumentou 450%, passando de 790 milhões de litros em 2018/19 para 4,39 bilhões de litros na safra 2022/23. Neste período, o processamento de milho pelo setor passou de 1,5 milhão de toneladas para 10,1 milhões de toneladas. A produção nacional do grão também aumentou neste intervalo, assegurando o abastecimento interno e a demanda das indústrias.

De acordo com relatório do itaú BBA, o cenário tende a soprar favoravelmente às usinas de etanol de milho, com a expectativa de cotações em patamares mais baixos para o cereal em 2024 beneficiando as margens das usinas. Para os subprodutos, no entanto, as perspectivas são menos otimistas, caso do DDG, que poderá ser influenciado negativamente pela queda das cotações do farelo de soja. Vale ressaltar que, apesar do cenário benéfico para a produção global, qualquer sinal de problema de safra em algum importante país produtor de milho (ou trigo, pois os mercados possuem certa correlação) pode servir de gatilho para a elevação das cotações, chamando a atenção para a necessidade cada vez maior da gestão de risco por parte de tais players.

Porém, incertezas ainda pairam no mercado de etanol

Mesmo com a safra 2023/24 da região Centro Sul (abr/mar) direcionada para a maximização da produção de açúcar, a produção de etanol da região apresentará aumento, dado o maior volume de cana. A produção de etanol de cana será de 25,9 milhões de m³, aumento de 5,3% comparado com a safra anterior.

A produção de etanol de milho também apresentará aumento, saindo de 4,4 milhões de m³ da safra 2022/23 para 5,5 milhões de m³ na safra 2023/24. Desde junho de 2022, os preços do etanol hidratado foram pressionados pelas mudanças nas tributações de combustíveis. Resumidamente, o PLP 18/22 isentou os impostos federais (PIS/COFINS e CIDE) sobre os combustíveis e mudou a classificação do ICMS para itens essenciais, colocando como teto para 17-18%, a depender do estado. Posteriormente, a PEC 15, garantiu o diferencial de impostos entre a gasolina e etanol ao reduzir o ICMS do hidratado.

Mesmo com a redução dos impostos estaduais, os tributos federais sobre a gasolina eram maiores que sobre o etanol, de modo que o impacto foi a redução na competitividade do hidratado. Para os impostos federais, o PLP 18/22 era válido até 31 de dezembro de 2022.

Em relação aos preços, a estimativa é de paridade média na bomba próximo aos 68% do preço da gasolina, para que traga a demanda para o biocombustível. Durante os primeiros meses da safra 2023/24, a gasolina estava mais competitiva nas bombas dadas as recentes reduções no preço da gasolina A nas refinarias e as mudanças nas precificações dos combustíveis.

Não há indicação clara da metodologia da nova política de preço da gasolina, o que deixa o mercado de hidratado com incertezas relacionadas preços no futuro. Entretanto, se considerarmos os preços atuais do petróleo e um cenário de paridade de preços internacionais sendo realizado pela Petrobras, a nossa estimativa é que o preço do hidratado na usina seja negociado, em média, a R$ 2,75/l no estado de São Paulo.

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