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Etanol: Preços disparam em julho após alta semanal
O mercado de etanol no estado de São Paulo segue em alta, com preços subindo por quatro semanas consecutivas. A mais recente atualização do Cepea revela que os preços do etanol hidratado e anidro tiveram aumentos significativos no período de 1º a 5 de julho. O Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado fechou a R$ 2,5337 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), marcando um crescimento de 2,72% em comparação com a semana anterior. Já o etanol anidro apresentou uma alta ainda mais expressiva de 6,32%, com o preço chegando a R$ 2,9077 por litro (líquido de PIS/Cofins).
Os preços elevados do etanol na semana atual são sustentados por uma combinação de fatores. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda aquecida pelo biocombustível, que continua a se mostrar competitivo frente à gasolina C, é um dos principais fatores desse crescimento. Além disso, a postura firme dos agentes de usinas, que mantêm os valores de venda elevados, e o impacto dos preços internacionais do açúcar e do dólar também desempenham papéis importantes. Com a alta do açúcar no mercado externo e a valorização do dólar, usinas tendem a priorizar a produção de açúcar em vez de etanol, o que reduz a oferta do biocombustível e pressiona os preços para cima. De acordo com pesquisadores do Cepea, apesar dos recentes aumentos, os preços atuais ainda são inferiores aos registrados em anos anteriores. Os indicadores mensais de junho para o etanol hidratado e anidro foram os menores das últimas três safras, considerando a deflação pelo IGP-M de junho.
Na semana passada, entre 24 e 28 de junho, os preços do etanol já apresentavam uma tendência de alta. O Indicador CEPEA/ESALQ para o etanol hidratado foi de R$ 2,4665 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), um aumento de 2,29% em relação à semana anterior. O etanol anidro registrou um aumento mais modesto de 0,53%, fechando a R$ 2,7348 por litro (líquido de PIS/Cofins).
Segundo pesquisadores do Cepea, essa alta foi impulsionada pela postura firme dos vendedores e pela menor disposição para negociações, refletindo uma estratégia de manutenção de preços. Além disso, a valorização do dólar e a atratividade das vendas de açúcar no mercado externo afetaram o mercado de etanol, reduzindo o interesse das usinas na produção do biocombustível. A colheita e a moagem de cana-de-açúcar estavam avançando bem, beneficiadas por boas condições climáticas, e a demanda contínua do setor varejista, especialmente em São Paulo, ajudava a sustentar os preços.
Na semana passada, o mercado começou a mostrar sinais de aumento, e na semana atual, essa tendência se consolidou, com preços mais altos para ambos os tipos de etanol. O cenário atual destaca a influência das condições climáticas, a competitividade do biocombustível em relação à gasolina e o impacto dos mercados internacionais no setor sucroenergético. O setor continua atento às flutuações no mercado de açúcar e à valorização do dólar, que podem influenciar os preços do etanol nos próximos períodos.