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Geo e GIZ firmam parceria para desenvolver SAF a partir de biogás no Brasil

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Em parceria com a Copersucar, Geo está desenvolvendo planta em escala comercial para a produção de combustível sustentável de aviação

A Geo bio gas&carbon e a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável firmaram nessa terça-feira, 8, uma parceria para o desenvolvimento da primeira planta no Brasil para produção de combustível de aviação sustentável (SAF, na sigla em inglês) a partir de biogás.

O objetivo é desenvolver, em escala comercial, um modelo de produção sustentável que utiliza resíduos de biomassa como fonte de carbono biogênico. O projeto envolve investimentos de, aproximadamente, 7,8 milhões de euros, dos quais 1,5 milhões de euros serão recursos do Ministério da Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, que serão implementados pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), no âmbito do Programa develoPPP.

“A Europa, especialmente, enxerga o SAF produzido a partir de resíduos como um combustível avançado. A parceria com a GIZ vem nesse sentido, de construirmos uma solução que atenda também às diretrizes do mercado europeu e possa servir de referência”, afirma o CEO da Geo, Alessandro Gardemann.

Além disso, a Geo iniciou uma parceria adicional com a Coopersucar para que a unidade da planta piloto no interior de São Paulo, que conta com financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), comece a produzir SAF já a partir de 2025. A produção em escala comercial esperada é de 750 litros ao dia.

A Geo e GIZ atuarão juntas no estabelecimento da cooperação internacional entre universidades e institutos de pesquisa brasileiros e alemães; na disseminação de conhecimento por meio de capacitação de profissionais; e no apoio à certificação da cadeia produtiva, desde sua origem, e à regulamentação do biocombustível no Brasil.

Uma das metas da parceria é compartilhar a experiência da planta com outras empresas e multiplicadores para a reprodução do projeto por outros investidores. Já com a Copersucar, a Geo atuará na implantação e operação da usina.

“É muito gratificante fazer parte desse momento histórico”, afirma Markus Francke, diretor do cluster energia e transformação urbana e do projeto H2 Brasil, da GIZ Brasil. “Esta parceria marca o primeiro grande encontro de pessoas chave desta indústria para celebrar uma ação real e concreta para a sustentabilidade e a descarbonização da aviação, capaz de gerar crescimento econômico, empregos e uma transição energética justa”, completa.

Combustível do Futuro e outras metas

O acordo entre a Geo e a GIZ foi assinado no mesmo dia em que o governo brasileiro sancionou a lei que cria o Combustível do Futuro. O programa estabelece um novo marco regulatório para os biocombustíveis no Brasil e introduz o SAF na matriz energética brasileira.

“Com o Combustível do Futuro, o Brasil inova e dá um enorme passo na transição energética. A aviação é um dos setores onde o desafio da descarbonização é maior. O SAF produzido a partir do biogás advindo de resíduos de biomassa é uma rota sustentável, baseada na economia circular, que também é vista como vantajosa para o mercado externo”, afirma Gardemann.

Conforme o Combustível do Futuro, a partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do SAF. As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037.

No âmbito mundial, a Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, em inglês) estabeleceu a meta de melhoria anual de 2% na eficiência dos combustíveis até 2050. Ela também criou o Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation (Corsia), que visa um crescimento carbono neutro do setor a partir de 2020, exigindo que as companhias aéreas compensem o crescimento das emissões além desses níveis.

Já a União Europeia (UE), por meio do pacote Fit for 55 e da iniciativa ReFuelEU Aviation, estabeleceu metas para reduzir as emissões líquidas em pelo menos 55% até 2030, em comparação com os níveis de 1990, e alcançar a neutralidade climática até 2050.

Com informações do Geo Biogas & Carbon
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