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Índice de poder de compra de fertilizantes melhora e indica compra para produtores

Tractor spraying pesticides at corn fields
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O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de abril de 2024 alcançou o valor de 0,99. Esse resultado representa uma queda de 3% em comparação com o mês passado, quando o índice chegou a 1,02. O momento é favorável para compra do insumo, já que quanto mais baixo o indicador, melhor a relação de troca para o produtor rural. Na comparação com abril de 2023, houve um aumento de 1%, ainda sinalizando uma tendência positiva e reforçando o potencial de crescimento contínuo no setor agrícola.

O preço médio dos fertilizantes caiu, portanto, cerca de 2%. A queda foi liderada pela ureia (-14%). Houve aumento no MAP (+1%) e no MOP (+1%), enquanto o SSP ficou estável em relação ao mês anterior. Por outro lado, o preço das commodities subiu cerca de 2% na média, em relação a março. O aumento foi liderado pela cana-de-açúcar em aproximadamente 3%, seguido pela soja com uma valorização média de 2%. No caso da oleaginosa, os preços flutuaram bastante durante o mês, mas terminaram com valores mais altos, devido às chuvas no Rio Grande do Sul, que põem em risco parte da safra 23/24, ainda em fase de colheita no estado.

Já as maiores quedas foram para o algodão (-6%) e para o milho (-4%). Durante o mês, houve até uma recuperação nos preços do grão, à medida que o milho tem sofrido com algumas doenças na Argentina, como a cigarrinha, que pode comprometer a produtividade, e as notícias não tão favoráveis do clima no meio oeste americano. Porém, esses dois cenários ainda não se concretizaram e o mercado se autorregulou com notícias positivas da safrinha brasileira.

Variações cambiais também são consideradas no cálculo do índice, então é importante ressaltar que, no período observado, o dólar subiu quase 3% em um momento de maior aversão ao risco, atingindo patamares acima dos R$ 5,10, que não eram vistos há alguns meses.

O atraso nas compras de fertilizantes representa um ponto de atenção para o período de alta sazonalidade de entregas, principalmente o terceiro trimestre. Essa preocupação se dá em função do potencial aumento logístico nos portos, com o aumento nas filas de espera dos navios, e também pelo acúmulo do frete rodoviário para internação e entrega dos fertilizantes. Reforça-se, ainda, as preocupações com as movimentações logísticas, principalmente devido às incertezas atreladas ao Porto de Rio Grande (RS) no fluxo de recebimentos, o que pode vir a gerar impacto em outros portos.

O mercado segue atento, agora, ao plantio nos Estados Unidos, que ocorre em ritmo acelerado e tem boas perspectivas até o momento, e à situação do Rio Grande do Sul. O estado ainda não finalizou a colheita da safra de soja e pode ter quebra com as chuvas incessantes. Além disso, o setor segue de olho na safrinha brasileira, que pode sofrer com a falta de chuva no centro oeste e ser prejudicada no fim do ciclo.

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