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Preços de etanol seguem na tendência de alta
O preço do etanol hidratado no Estado de São Paulo segue na tendência de alta observada desde o início do ano. A elevada demanda, motivada pela paridade favorável ao biocombustível frente a gasolina, é o principal motivo por trás dessa tendência, segundo análise do Itaú BBA.
Em Paulínia, a cotação do hidratado terminou junho praticamente nos R$ 2,60/l, sem impostos, alta de 6,7% no mês. A alta não é comum no período, pois as usinas de açúcar e etanol estão no momento de caixa apertado com os elevados custos do início da safra, pressionando preços por ofertar elevados volumes do biocombustível em um curto período de tempo.
Do lado da oferta, a estimativa do banco para a safra 2024/25 (abr/24-mar/25) é de redução. “Apesar do aumento estimado de 18% do produção etanol baseado em milho, atingindo 7,4 bilhões de litros, a produção de etanol de cana deve atingir 24,7 bilhões de l, ou seja, uma queda de 9,7% na comparação anual. Segregando a produção total, considerando apenas o etanol hidratado, a expectativa é de produção de 18,7 bilhões de litros. Dessa forma, na safra 2024/25 a queda na oferta do etanol hidratado seria de 9%frente a safra passada”, disseram os analistas do Itaú BBA.
As vendas domésticas de etanol hidratado no Centro-Sul do Brasil estão em patamares muito elevados, acima dos 1,8 bilhão de l por mês entre os meses de março a maio. De um lado, o banco observa uma forte demanda corrente por etanol hidratado, do outro, apostam que a oferta deverá ser menor na comparação anual.
“As nossas previsões são de que as vendas precisam cair abaixo dos 1,25 bilhão de litros em janeiro e fevereiro 2025, essa destruição de demanda só vai ocorrer com aumento de preços relativos do etanol na bomba. Esperamos que a paridade etanol hidratado-gasolina na bomba, no estado de São Paulo, terá que ficar acima dos 70% a partir de setembro de 2024. Possivelmente, batendo os 75% no início de 2025”, disseram.
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