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Preços do açúcar apoiados pela menor produtividade da cana-de-açúcar no Brasil

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Os preços do açúcar encerraram a sexta-feira de forma mista, em meio a sinais contrastantes entre produção e demanda global. O mercado encontrou algum suporte após dados da Unica, divulgados na quinta-feira, indicarem queda no teor de açúcar da cana-de-açúcar processada no Centro-Sul do Brasil. Na primeira quinzena de setembro, o teor caiu para 154,58 kg por tonelada, abaixo dos 160,07 kg/ton registrados no mesmo período do ano passado — um indicativo de menor eficiência na produção do adoçante.

Na ICE, o contrato de açúcar bruto com vencimento em março de 2026 subiu 0,07 centavo de dólar (0,4%), fechando a 16,47 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato mais ativo de açúcar branco, negociado em Londres, recuou 0,3%, a US$ 457,50 por tonelada.

Na terça-feira, os preços chegaram a subir com força. O açúcar em Nova York atingiu a maior alta em um mês e meio no contrato mais próximo (V25), enquanto em Londres os preços bateram o maior nível em duas semanas. A valorização foi impulsionada por sinais de aumento na demanda global, após o Paquistão fechar pedidos de 320 mil toneladas com entrega imediata.

Apesar da reação positiva, o mercado ainda sente os efeitos de uma tendência de baixa que já dura sete meses. Na semana anterior, o açúcar em Nova York chegou à mínima em mais de quatro anos, enquanto o açúcar branco em Londres caiu ao menor nível em quatro anos. A pressão vem das projeções de oferta elevada: a consultoria StoneX estimou um superávit global de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2025/26, revertendo o déficit de 4,7 milhões previsto para 2024/25.

Dados atualizados da produção brasileira reforçam esse cenário. Segundo a Unica, a produção de açúcar no Centro-Sul cresceu 15,7% na primeira quinzena de setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 3,622 milhões de toneladas. A parcela de cana destinada à produção de açúcar também aumentou, passando de 47,74% na segunda quinzena de agosto de 2024 para 53,49% este ano. Ainda assim, no acumulado da safra 2025/26 até meados de setembro, a produção recuou ligeiramente, com queda de 0,1% na comparação anual, somando 30,388 milhões de toneladas.

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