Os preços do açúcar caíram acentuadamente na terça-feira, 21. A perspectiva de um robusto suprimento global de açúcar está pressionando os preços. O contrato de açúcar bruto com vencimento em março de 2026 caiu 0,48 centavo de dólar, ou 3,1%, indo a 15,24 centavos de dólar por libra-peso, tendo subido 1,4% na segunda-feira. Por sua vez, o contrato mais ativo de açúcar branco caiu 3%, para US$ 433,40 por tonelada.
Na terça-feira, a consultoria Datagro projetou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na safra 2026/27 subirá 3,9%, para um recorde de 44 milhões de toneladas. Na segunda-feira passada, o BMI Group projetou um superávit global de açúcar de 10,5 MMT em 2025/26, e na terça-feira passada a Covrig Analytics projetou um superávit global de 4,1 milhões de t em 2025/26. Os preços do açúcar têm estado sob pressão nos últimos sete meses devido a sinais de maior produção no Brasil.
A Unica informou na quinta-feira passada que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de setembro aumentou 10,8%, para 3,137 milhões de t. Além disso, o percentual de cana-de-açúcar destinado ao açúcar pelas usinas brasileiras na segunda quinzena de setembro subiu para 51,17%, frente aos 47,73% no mesmo período do ano anterior. No acumulado da safra 2025/26 até setembro, a produção do Centro-Sul atingiu 33,524 milhões de t, alta de 0,8%.
A perspectiva de maiores exportações de açúcar da Índia também é negativa para os preços, já que o abundante regime de monções pode resultar em uma safra elevada. Em 30 de setembro, o Departamento Meteorológico da Índia informou que a precipitação acumulada da monção até essa data foi de 937,2 mm, 8% acima do normal, marcando a monção mais forte em cinco anos.
Com informações da Barchart