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Preços do açúcar pressionados pela queda do petróleo bruto

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Os preços do açúcar registaram perdas moderadas na quarta-feira devido à fraqueza nos preços do petróleo. O petróleo bruto (CLV24) caiu para um mínimo de 8-3/4 meses na quarta-feira, o que prejudicou os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviar a moagem de cana para a produção de açúcar em vez de etanol, aumentando assim a oferta de açúcar.

O contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro fechou em baixa de 0,25 centavos de dólar, ou 1,3%, indo a 19,24 centavos de dólar por libra-peso. O contrato de açúcar branco com vencimento em outubro caiu 0,5%, para US$ 539,10 por tonelada.

Os preços do açúcar subiram na semana passada uma vez que a seca e o calor excessivo causaram grandes incêndios no Brasil que danificaram as plantações de açúcar no estado de São Paulo, o maior produtor de açúcar do Brasil. O grupo industrial de cana-de-açúcar Orplana disse que cerca de 2.000 focos de incêndio afetaram até 80 mil hectares de cana-de-açúcar plantados em São Paulo.

Os especialistas em commodities da Green Pool disseram que até 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar podem ter sido perdidas devido aos incêndios. Além disso, a Czarnikow reduziu na terça-feira sua estimativa de produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil 2024/25 para 39,2 milhões de toneladas, de 40,0 milhões de toneladas, devido à seca e aos danos causados ​​​​pelo fogo. Além disso, a Covrig Analytics elevou sua estimativa do déficit global de açúcar para 2024/25 na terça-feira para -600.000 MT, de uma estimativa anterior de -300.000 MT.

Num fator de apoio aos preços do açúcar, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) previu na sexta-feira um défice global de açúcar para 2024/25 de 3,58 milhões de t, muito maior do que o défice estimado de 200 mil para 2023/24. A ISO previu a produção global de açúcar em 2024/25 de 179,3 milhões de t, queda de 1,1% em relação aos 181,3 milhões de t em 2023/24.

Enquanto isso, a Conab, agência governamental de previsão de safra do Brasil, reduziu sua estimativa de produção de açúcar do Centro Sul do Brasil 2024/25 em 22 de agosto para 42 milhões de toneladas, de uma previsão anterior de 42,7 milhões de toneladas, citando rendimentos mais baixos da cana-de-açúcar devido à seca e ao calor excessivo.

O Ministério da Alimentação da Índia suspendeu na sexta-feira as restrições às usinas de açúcar que produzem etanol para o ano 2024/25 que começa em Novembro, o que pode prolongar as restrições à exportação de açúcar da Índia, o que é visto pelo mercado como um fator para manutenção dos preços.

Com informações da Barchart
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