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Retrospectiva do milho aponta que produção do grão no Brasil alcançou recordes em meio a desafios climáticos
O ano de 2024 consolidou o Brasil como um dos principais produtores mundiais de milho. O país registrou avanços significativos na produção e produtividade, embora tenha enfrentado desafios climáticos em diversas regiões.
A produção nacional de milho atingiu 122,5 milhões de toneladas, um aumento de 8% em relação ao ano anterior, conforme dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Esse crescimento é resultado da expansão da área plantada e da adoção de tecnologias avançadas no manejo agrícola. Além disso, a produtividade média por hectare registrou um incremento de 7%, alcançando 6,5 toneladas por hectare.
Apesar dos números positivos, o setor enfrentou dificuldades climáticas, especialmente no Paraná. O estado sofreu com uma estiagem severa, o que impactou a segunda safra de milho. Como resultado, a produção caiu 17%, equivalente a uma perda de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas.
No mercado internacional, o Brasil manteve sua competitividade, impulsionado pela depreciação do real frente ao dólar. As exportações de milho totalizaram 51 milhões de toneladas, um incremento de 10% em comparação a 2023, conforme dados da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
As projeções para a safra 2024/2025 são otimistas. Estima-se uma produção de 127 milhões de toneladas, um aumento de 5 milhões de toneladas em relação à safra anterior, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Entretanto, especialistas alertam que a crescente produção de etanol de milho, que registrou um aumento de 20% em 2024, pode influenciar as exportações futuras, devido ao aumento da demanda interna por biocombustíveis.
Embora o Brasil tenha alcançado recordes na produção de milho em 2024, os desafios climáticos e as dinâmicas do mercado internacional continuam sendo fatores críticos a serem monitorados nos próximos anos. A contínua adoção de inovações tecnológicas e práticas agrícolas sustentáveis será essencial para manter a competitividade e a resiliência do setor.