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Safra da cana termina no interior de São Paulo com queda produtiva

Fotografia da usina Santa Elisa da BIOSEV em Sertãozinho/SP.
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Produtores do Noroeste Paulista registraram menor rendimento por hectare na safra devido à falta de chuva

A produtividade da cana caiu no Noroeste Paulista nesta safra devido à falta de chuva. Produtores relatam que, mesmo com manejo reforçado, o clima impactou o desenvolvimento das áreas e reduziu o rendimento por hectare.

O agricultor Otávio Zuim colheu uma média de 85 toneladas por hectare, seis toneladas a menos que no ano passado. Segundo ele, o desempenho também reflete a idade do canavial.

Talhões mais jovens respondem melhor ao manejo, enquanto áreas com cinco, seis ou até oito cortes tendem a produzir menos quando não são bem conduzidas. Ainda assim, manter essas áreas é uma estratégia para diluir o custo de implantação, que pode chegar a R$ 15 mil por hectare.

A avaliação de Zuim é semelhante à do produtor Antônio Soares Neto. Ele destaca que a saúde da planta é decisiva: folhas vigorosas, sem broca e sem sinais de pragas indicam manejo adequado.

A propriedade dele tem 800 hectares e recebeu investimento em correção do solo e nutrição reforçada, mas também sentiu a estiagem. A média, que normalmente chega a 52 toneladas por hectare, caiu para cerca de 50.

Para os produtores, colher no momento certo é essencial para garantir peso e teor de açúcar, já que o ATR influencia, tanto a rentabilidade quanto o resultado industrial. Uma das técnicas usadas no campo é a pulverização foliar, que fornece água e nutrientes diretamente às plantas.

Com o fim da safra, a preocupação agora se volta para o mercado. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), 222 unidades da região Centro-Sul processaram cana nesta temporada. Até 1º de novembro, a moagem somou 556 milhões de toneladas, queda de 1,97% em relação ao mesmo período do ano passado.

A União Nacional da Bioenergia (UDOP) também aponta efeitos de secas anteriores e de queimadas, que ainda impactam o potencial produtivo. Já para o próximo ciclo, a expectativa é de uma supersafra de até 640 milhões de toneladas.

Mesmo assim, o setor observa com atenção a pressão dos preços do açúcar e a competitividade do etanol de milho, que devem influenciar o mercado em 2026.

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