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Edição 177

Setor começa ano de recuperação

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O ano de 2015 acabou e levou consigo os maus ventos da crise. Ainda que a melhora dos preços não seja o suficiente para a retomada de alguns grupos, principalmente os mais endividados, o novo horizonte já sinaliza que bons ventos virão.

Ao contrário do que ocorre com a economia brasileira, o cenário prospectado para o setor sucroenergético em 2016, segundo especialistas e economistas, será positivo e de recuperação. E muito do que vem por aí é reflexo dos acontecimentos de 2015, um ano de transição para o setor, segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar).

Após um período de preços da gasolina constantes e um mercado mundial de açúcar superavitário, iniciou-se um novo momento, de receitas mais construtivas para o setor. O reajuste de 3% na gasolina, do Pis/Cofins em R$ 0,12/l, o reestabelecimento da Cide em R$ 0,10/l sobre a gasolina, e o novo reajuste nos preços da gasolina, em 6%, feitos em meados de setembro de 2015, foram suficientes para aumentar a competividade do etanol hidratado em mais de R$ 0,20/l.

Além da alteração dos tributos federais e do aumento do preço de realização da Petrobras, alguns estados alteraram a alíquota do ICMS do etanol e da gasolina. Minas Gerais elevou o ICMS da gasolina para 29% e reduziu o hidratado para 14%, proporcionando uma grande mudança no mercado de etanol hidratado no Estado. Outros estados também aumentaram a alíquota do ICMS da gasolina.

Outro ponto fundamental, segundo Rodrigues, foi a desvalorização do real atingindo a casa dos R$ 4 por dólar, aumentando a competitividade dos produtos destinados à exportação. “Sem dúvida alguma, esses fatores impactaram os preços do açúcar, do etanol e da cana-de-açúcar a partir do mês de outubro, trazendo maior rentabilidade à atividade de muitas empresas.”

Evidentemente que nem todas as empresas aproveitaram a melhora de preços observada no final da safra 2015/16, visto que não formaram estoques durante o período produtivo. “Para essas empresas que venderam toda a produção no período de moagem, ainda vamos observar um aumento de custos devido à valorização do kg do ATR, que impacta o desembolso com a compra de cana-de-açúcar de fornecedores e o pagamento de parcerias”, destaca o diretor técnico da Unica.

As condições climáticas também foram altamente favoráveis ao desenvolvimento da cana-de-açúcar. Mesmo com um canavial envelhecido, a produtividade observada na safra 2015/16 deve fechar próxima a 83 t/ha, um incremento de 12% em relação à safra anterior. Por outro lado, segundo Rodrigues, a quantidade de ATR por tonelada deve ficar 5 kg por t, volume aquém do índice registrado na safra 2014/15. Desta forma, o crescimento de 5% na moagem deve ser praticamente anulado pela redução da quantidade de produto obtido por tonelada de cana processada. O incremento em produto nessa safra deverá ser menor que 1% quando comparado com a safra anterior.”

“O ano também foi marcado pela reabertura de cinco unidades, que voltaram a operar, como foi o caso da Sapucaia/RJ, Cruangi/PE, Uruba/AL, Energética São Simão/GO e Dracena/SP. Outro fato marcante foi os preços do açúcar que subiram de um patamar de 11 a 12 cents de dólar por libra para o patamar de 14 a 15 cents no início do quarto trimestre”, complementa Ricardo Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria.

Enquanto cinco usinas voltaram a moer, outras cinco pararam de funcionar – Capricho/AL, Ecoenergia/RN, Canabrava/RJ, Iracema-Itaí/SP e Bom Retiro/SP, uma declarou falência (Albertina) e outras 12 usinas, entre elas, Madhu/SP, Revati/SP, Vale do Ivaí/PR, Cambuí/PR, Santa Cândida/SP, Paraíso/SP, Vista Alegre/MS, Santa Helena/MS, Paraíso/RJ, Unialco/SP, Alcoovale/MS e Decal/GO, entraram em recuperação judicial. “Diversas indústrias de bem de capital do setor também entraram em recuperação judicial, como é o caso da Dedini, Zanini e Simisa”, adiciona Ricardo Pinto.

Segundo o diretor técnico da Unica, a partir deste ano, muitas empresas vão ter resultados mais positivos, melhorando seu ambiente de negócios e permitindo eventuais renegociações de suas dívidasCENÁRIOS PARA 2016

Mesmo com a maioria das projeções positivas para o setor sucroenergético, todos os cenários previstos dependem, porém, tanto do que vai acontecer no mercado nacional e internacional, quanto do que vai acontecer com o clima daqui para frente.

Mario Campos, presidente da Siamig (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais) acredita que o setor tem tudo para sair da crise, mas destaca que é preciso não só que os produtores continuem em busca do aumento da produtividade agrícola e da redução dos custos de produção, como também de estarem atentos ao que acontece no mercado e de consumo de combustíveis.

“O ano vai ser melhor porque há possibilidade de continuidade do preço valorizado do etanol no mercado interno, além da volta do açúcar com um valor mais rentável e capaz de gerar uma receita em moeda forte. O dólar desvalorizado tornou o açúcar brasileiro muito competitivo e se o efeito cambial inicialmente teve um impacto na oneração da dívida, no médio prazo será positivo e o setor começará a ter receita em dólar, o que pode contribuir para a renegociação da dívida e de novos créditos. O preço melhor do açúcar no mercado internacional reflete também nos preços do mercado interno. Acreditamos que será um ano de consolidação do mercado do etanol junto com a volta do açúcar como produto rentável para o setor”, opina Campos.

Para o Estado de Minas a tendência, segundo ele, é que se repita a mesma safra de 2015/16 e que a produtividade se mantenha alta, sendo possível ainda, que haja maior renovação de canaviais para 2017.

O diretor técnico da Unica também enxerga, a partir de 2016, um futuro positivo para o setor. De acordo com ele, nada indica que o nível atual da taxa de câmbio será alterado e mesmo com a queda no preço do petróleo, também não deverá haver alterações no preço de venda da gasolina, dada a necessidade de caixa e endividamento da Petrobras. Além disso, o governo federal também discute a necessidade de ampliação de receita, o que pode impactar no preço da gasolina com o incremento da Cide ou a reforma do Pis/Cofins.

“No mercado de açúcar, o Brasil é um dos poucos países que pode suprir o incremento na demanda mundial do produto. Sob o ponto de vista da oferta, se observa uma série de ajustes dentro das empresas, com reforma de canaviais, manutenção de máquinas e equipamentos, e melhorais industriais. Não há, entretanto, cenário ainda para novos investimentos. Muitas empresas, sem dúvida alguma, irão ter resultados mais positivos melhorando seu ambiente de negócios e permitindo eventuais renegociações de suas dívidas junto ao sistema financeiro. Outras, com alto grau de endividamento, devem continuar em uma situação difícil”, prevê Rodrigues.

Ricardo Pinto acredita que o setor canavieiro sai da crise de preços que tinha entrado desde a safra 2012/13 e deve manter os bons valores, pelo menos até a safra 2018/19.

Apesar de ainda ser muito cedo para definir números de produção para a safra 2015/16, que encerra no final de março de 2016, o diretor técnico da Unica afirma que, ao que tudo indica, a oferta de cana ficará em torno 620 a 630 milhões de t. “Mas continua o questionamento sobre as condições climáticas e a possibilidade de observamos outra safra com elevado volume de cana-de-açúcar não processada”, alerta.

A RPA Consultoria estima que o preço do ATR deva fechar em R$ 0,5531/kg em março de 2016. Este mesmo fechamento para março de 2017 (referente à safra 2016/17) está estimado em R$ 0,6177/kg, um crescimento que se deve ao aumento médio de 21,1% nos preços dos açúcares e a uma queda média de 3,3% nos preços do etanol carburante entre as duas safras.Logo, poderá haver uma alta de 11,68% no preço do ATR, lembrando que já terá havido uma correção de 16,1% no preço dele da safra 2014/15 para a safra 2015/16.

O diretor e consultor da RPA explica que se adicionarmos a este fator de aumento do preço do ATR um crescimento no teor de ATR da cana de pelo menos 3 kg/t de cana – haja vista que a safra 2015/16 teve ATR menor que 132 kg/t de cana no Estado de São Paulo -, o preço médio da tonelada de cana vendida por fornecedores às usinas na safra 2016/17 poderá subir em 14,2% em relação ao preço de 2015/16, que terá subido 12,7% em relação à safra 2014/15.

“Estima-se que entre 7% e 8% da cana processada até 31/12/2015 no Centro-Sul deva ter ficado em pé, o que significa entre 41,6 e 47,5 milhões de t de cana. Esta cana bisada costuma ser colhida no início da safra seguinte, quando ganha peso (após passar pelo verão chuvoso), mas incorpora brotos chupões ao lado de cana isoporisada, o que também dificulta sua colheita. Todavia, se o volume é grande, a cana bisada sendo colhida primeiro empurra as demais canas, fazendo-as serem colhidas com mais meses e, dependendo do planejamento de colheita da usina, possibilita o melhor ATR destas canas”, detalha Ricardo Pinto.

Contudo, dado o momento do setor e do mercado, entre janeiro e março de 2016, período oficialmente ainda considerado da safra 2015/16 (que se encerra em 31/03/2016), o setor vai ter até 30 milhões de t de cana processadas no Centro-Sul. Isso faz com que fiquem nos canaviais, em abril, ao redor de 15 milhões de t, que poderão ganhar peso de até 20%, chegando a 18 milhões de t. Esta cana é que será efetivamente processada na safra 2016/17 como cana bis, empurrando o restante dos canaviais.

Caso se confirme a entrada do La Niña a partir do outono de 2016 (março a junho), este cenário climático, segundo o Ricardo Pinto, poderia fazer o próximo período de safra ser bem mais seco do que foi em 2015, talvez parecido com 2014, o que possibilitaria que mais cana fosse processada por mês, deixando a cana bisada e a que ganhou maior produtividade dos meses iniciais de safra – canaviais estes que empurram a cana soca -, acabarem-se por volta de agosto a setembro.

Campos acredita que, além de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para aumento de produtividade, um dos maiores desafios do setor é a modificação da legislação quanto ao transporte de cana

“Assim, haveria um adiantamento das canas a serem colhidas daí em diante, que perderiam produtividade agrícola em comparação a 2015. Isso geraria uma demanda forte por parte das usinas do Centro-Sul de encerrar a safra até final de novembro ou início de dezembro de 2016. Logo, os canaviais colhidos em dezembro de 2015 e fevereiro de 2016 poderiam ser bisados para 2017. Estamos falando de aproximadamente 39 milhões de t de cana. Este é um cenário que apontaria uma moagem para o Centro-Sul de abril ao final de novembro (safra 2016/17) de pouco mais de 580 milhões de t de cana. Contudo, no ano todo de 2016, a moagem terá sido de 610 a 615 milhões de t”, estima o consultor da RPA.

Imaginando outro cenário, em que o período de moagem não seja tão seco, o setor poderá adentrar dezembro com uma moagem a partir de abril de aproximadamente 610 milhões de t de cana. Haveria então um montante bem menor de cana bis para 2017 em relação ao cenário anterior. Neste caso, o ano todo de 2016 terá processado 640 milhões de t de cana.

“Os cenários apontam que poderemos ter uma safra em 2016 (de janeiro a dezembro) de 610 a 640 milhões de t de cana no Centro-Sul, dependendo do clima ao longo do período de moagem. Isso fará de 2016/17 uma safra bastante atípica, aliás, como têm sido todas as últimas safras”, aposta Ricardo Pinto.

MIX EQUILIBRADO

O mix de produção não deve mudar muito nesta safra. Mesmo que algumas unidades produtoras aumentem a produção de açúcar dado à possibilidade do aumento na moagem, Rodrigues acredita que o etanol hidratado vai continuar sendo o produto de maior liquidez, com a possibilidade de bons preços ao produtor.

Para Ricardo Pinto, o mix deverá voltar a ser mais equilibrado por conta dos preços do açúcar. “O dólar alto atuando na leve recuperação do preço do açúcar, que saiu de um patamar de 11 a 12 cents por libra, no início de 2015, para 14 a 15 cents no final do mesmo ano, já apontou para margens de até 30%. Ambos os fatores devem continuar a subir em 2016 – o dólar e o preço do açúcar –, mostrando uma conjuntura bastante atrativa para as usinas brasileiras. As exportações de etanol também se mostram atrativas, caso haja redução de preços domésticos no meio de 2016.”

André Rocha, presidente-executivo dos Sindicatos da Indústria de Fabricação de Açúcar e de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar) e presidente do Fórum Sucroenergético, apesar de achar ainda muito cedo para qualquer prospecção, diz que, a princípio, acredita que o mix vai ser muito parecido com o da safra 2015/16, porque além da forte demanda, o etanol tem uma maior liquidez. “Agora, tem uma questão a ser ponderada. Como é que vai ser a situação econômica? Há uma expectativa que continue uma retração das atividades econômicas e isso acaba fazendo com que se reduza o consumo tanto de combustíveis como de alimento. A safra vai ser mais alcooleira, mas talvez, até o seu final, ela vire mais açucareira.”

Já Guilherme Nastari, diretor da consultoria Datagro, afirmou em entrevista, que a safra 2016/17 deverá ser menos alcooleira caso não haja nenhuma mudança no preço da gasolina ou elevação da incidência da Cide na gasolina. Isso porque o cenário para o açúcar tende a melhorar caso se confirme o déficit no ciclo mundial 2015/16. “A previsão de déficit mundial de açúcar no ciclo 2015/16, que inicia em 1 de outubro, deve, no médio prazo, ser um fator de alta nas cotações”, afirmou.

No início do mês de janeiro, a consultoria Datagro divulgou dados sobre a safra canavieira 2016/17, na qual estima que a região Centro-Sul produzirá de 610 a 630 milhões de t de cana, com uma produção de açúcar que deve ficar entre 33,5 a 34,5 milhões de t e a de etanol, de 28 a 28,6 bilhões de l.

BIOELETRICIDADE

Rocha: “Aqui nas novas fronteiras, estamos cada vez mais utilizando variedades de cana específicas para a região e temos conseguido melhorar a produtividade em função disso. Mas o desafio é desmitificar a irrigação”

Há dois mercados no setor de energia elétrica, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) e o Ambiente de Contratação Regulada (ACR). No ACR, onde ocorrem os leilões regulados promovidos pelo Governo Federal e considerado o principal ambiente para viabilização de novos projetos, o preço tem melhorado nos últimos anos.

A expectativa do setor sucroenergético é que não haja retrocesso no processo de melhora dos preços-teto para os próximos leilões. Essa continuidade é condição essencial para o retorno do investimento em bioeletricidade, de forma contínua e robusta, segundo o diretor técnico da Unica.

“No ACL, o gerador a biomassa tem a opção de vender diretamente sua energia para o consumidor livre/especial ou para um comercializador de energia. O ACL está passando por uma nova onda de migração dos consumidores – que saem do ACR para o ACL – em virtude da alta das tarifas reguladas praticadas pelas distribuidoras, mas os preços estão distantes dos valores praticados nos últimos anos em virtude da melhoria recente das condições hidrológicas e da queda no consumo de energia. Em 2015, estima-se uma queda de consumo de energia no ACL em 5%”, diz.

Campos acredita que a bioeletricidade não vai ter preços tão remuneradores como dos últimos anos em função da forte queda da economia brasileira, que reduziu bastante a demanda por energia, juntamente com a recomposição dos reservatórios na região Sudeste-Sul, o que está levando o preço da energia para baixo e também o mercado de energia.

“Nas últimas três safras, a cogeração foi altamente rentável e houve um aumento expressivo da venda. Na safra 2016/17, porém, acredito que o consumo de energia de bagaço de cana deverá ficar estagnado”, afirma o presidente da Siamig.

DESAFIOS

O estoque da dívida do setor ainda é alto e as condições de juros elevados e redução do crédito dificultam sua rolagem, apesar das boas perspectivas para o setor. Campos acredita que além dos juros elevados e redução de crédito, o segundo desafio este ano será retomar o consumo de etanol a patamares do ano passado já a partir de abril.

“Há necessidade da aceleração dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novas variedades e técnicas para aumento da produtividade agrícola, além de aumentar o percentual de renovação do canavial, a fim de reduzir sua idade média. No mercado de açúcar vamos ter que captar as necessidades do consumidor e as mudanças que vêm ocorrendo no setor de alimentos, a fim de que a perda de mercado seja a menor possível. O setor tem que entender como a indústria de alimentos vai implementar a possibilidade de mistura do açúcar com adoçante. Outro desafio é a modificação da legislação quanto ao transporte de cana”, salienta o presidente da Siamig.

Rocha acha que o grande desafio para as empresas continua na questão agrícola. “O desafio é melhorar a colheita mecanizada. Nós ainda estamos em época de aprendizagem e de tentar levar cada vez menos impureza para as indústrias. Então, acho que esse é um desafio. Aqui nas novas fronteiras, estamos cada vez mais utilizando variedades de cana específicas para a região e temos conseguido melhorar a produtividade em função disso. Outro desafio é desmitificar a irrigação”, opina.

Para Ricardo Pinto, o excesso de cana bis vai acabar tirando do radar das usinas a priorização de busca de ganho da produtividade agrícola em 2016, inclusive pela diminuição da renovação dos canaviais, o que poderá fazer com que a produtividade agrícola de 2017/18 decline novamente.

Na indústria, o setor ainda vive um excesso de capacidade industrial, que em 2015 não foi atendido por conta das chuvas durante a safra. Em 2016, segundo o consultor, o setor poderá ter baixas produtividades nos canaviais de final de ciclo (novembro em diante), forçando com que a safra não seja comprida e que haja cana bis para o início de 2017 no Centro-Sul.

Haverá pouco investimento industrial em 2016, segundo ele, mas que se mostrará necessário a partir de 2017, principalmente para recuperação de unidades industriais que estiverem paradas e que, por conta do aumento da demanda de açúcar e etanol, terão viabilidade em retornarem à produção.

Em síntese, acreditamos que o setor canavieiro saiu da crise de preços que tinha entrado desde a safra 2012/13. Mesmo com os desafios que se mostram este ano, a perspectiva de bons preços da cana deve projetar-se para, pelo menos, até a safra 2018/2019. Que venham três safras de ‘vacas gordas’, depois de quatro safras de ‘vacas magras’”, finaliza. 

ADEUS ANO VELHO!
OS BONS E MAUS ACONTECIMENTOS DE 2015

1. A mistura de anidro na gasolina subiu de 25% para 27% em 16 de março de 2015, podendo implicar em aumento do consumo de quase 900 milhões de l no ano;

2. A volta da Cide na gasolina voltou para ajudar as contas do governo e deixar o hidratado ainda mais atrativo do que a gasolina na bomba;

3. O ICMS do etanol hidratado em MG diminuiu de 19% para 14% no final de março, enquanto o mesmo imposto sobre a gasolina subiu de 27% para 29% como compensação;

4. Houve dois aumentos do preço da gasolina pela Petrobrás;

5. As vendas de etanol hidratado chegaram a subir quase 50% em relação ao ano de 2014, a partir de abril;

6. Cinco usinas voltaram a funcionar: Sapucaia/RJ, Cruangi/PE, Uruba/AL, Energética São Simão/GO e Dracena/SP;

7. O açúcar subiu de um patamar de 11 a 12 cents de dólar por libra para o patamar de 14 a 15 cents no início do quarto trimestre;

8. O dólar subiu 46,8% entre primeiro e último dia de 2015;

9. Se preço do ATR fechar em março/2016 a R$ 0,5531/kg, terá havido um aumento de 16,1% frente ao preço anterior, de R$ 0,4763/kg da safra 2014/15.

1. Uma usina faliu: Albertina/SP;

2. Cinco usinas pararam de funcionar: Capricho/AL, Ecoenergia/RN, Canabrava/RJ, Iracema-Itaí/SP e Bom Retiro/SP;

3. 12 usinas entraram em recuperação judicial: Madhu/SP, Revati/SP, Vale do Ivaí/PR, Cambuí/PR, Santa Cândida/SP, Paraíso/SP, Vista Alegre/MS, Santa Helena/MS, Paraíso/RJ, Unialco/SP, Alcoovale/MS e Decal/GO;

4.Indústrias de bem de capital do setor entraram em recuperação judicial, como Dedini, Zanini e Simisa;

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