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Tarifa de 10% para o Brasil pode não ser tão ruim, segundo entidades

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (2) a imposição de uma tarifa de 10% sobre as importações brasileiras, alinhada à alíquota mínima proposta por seu governo.

A medida entrará em vigor a partir da zero hora (horário de Washington) do sábado (5). Durante o anúncio, Trump apresentou uma lista de países afetados por tarifas diferenciadas, incluindo 34% para a China, 20% para a União Europeia, 46% para o Vietnã e 49% para o Camboja. Além disso, será aplicada uma taxa de 25% sobre todos os carros produzidos fora dos EUA.

Segundo a Casa Branca, a tarifa geral de 10% começará a valer em 5 de abril, enquanto as tarifas individualizadas serão implementadas na quarta-feira (9). Alguns produtos estão isentos, como aço e alumínio, já anteriormente taxados, e o fentanil do México e Canadá, que mantém sua sobretaxa. O comunicado destacou que mercadorias em conformidade com o Acordo EUA-México-Canadá (USMCA) permanecerão com tarifa zero, enquanto as não conformes terão alíquotas de 25% (10% para energia e potássio).

Ainda conforme a nota, os EUA eliminarão a isenção tributária para pacotes vindos da China e Hong Kong a partir de 2 de maio, taxando inclusive mercadorias abaixo de US$ 800, antes isentas. As tarifas permanecerão até que os déficits comerciais sejam resolvidos.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou cautela com a medida, destacando que os EUA são o principal destino das exportações brasileiras, especialmente de produtos de maior valor tecnológico. Ricardo Alban, presidente da CNI, afirmou que a entidade está analisando o impacto, mas reforçou a necessidade de intensificar o diálogo bilateral. A CNI organizará uma missão empresarial aos EUA em maio para discutir facilitação comercial e redução de barreiras.

O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral avaliou que a tarifa de 10% é menos severa que as aplicadas a outros parceiros, como UE (20%) e China (34%). Ele ressaltou, porém, que eventuais ganhos de competitividade do Brasil dependerão de análises setoriais, lembrando que aço e alumínio já sofrem taxação de 25%.

A Federação do Comércio de São Paulo (FecomercioSP) considerou que, embora a medida seja negativa globalmente, o Brasil pode se beneficiar em relação a concorrentes com tarifas mais altas. A entidade defende que o governo aproveite o momento para avançar em acordos bilaterais, especialmente com Japão, China e UE, além de simplificar mecanismos aduaneiros. A FecomercioSP alertou, porém, que as tarifas podem elevar preços nos EUA, afetando produtos básicos e cadeias dependentes de aço, com impacto direto no custo de vida da população local.

Com informações da Agência Estado
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