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Unica se reune com autoriades da Índia para discutir produção de biocombustíveis

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A diretora-executiva da UNICA, Patricia Audi, o embaixador do Brasil em Nova Déli, Kenneth Felix Haczynski da Nóbrega, e o diretor-Executivo do APLA, Flavio Castellari, reuniram-se na semana passada com o ministro de Petróleo e Gás Natural da Índia, Hardeep Singh Puri.

Na pauta, iniciativas do país asiático para acelerar a produção de biocombustíveis e a agenda do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo que, sob a Presidência da Índia em 2023, propiciou a formação da Aliança Global para os Biocombustíveis (GBA, da sigla em inglês para Global Biofuels Alliance).

O ministro Puri disse que o governo indiano está ansioso para continuar a cooperação no âmbito da GBA, especialmente durante a liderança do G20 pelo Brasil neste ano de 2024.

A Índia também tem um forte foco em biocombustíveis e antecipou em cinco anos, para 2025, a meta de alcançar uma mistura de 20% de etanol na gasolina. “O etanol é uma opção moderna e sustentável para a mobilidade, capaz de gerar impactos positivos imediatos na segurança energética do país”, reforça Flávio Castellari, diretor-executivo do APLA.

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, depois dos Estados Unidos, e abriga a maior frota mundial de carros que usam etanol como combustível. Atualmente, toda gasolina brasileira é composta por 27% de etanol – e tramita no Congresso Nacional projeto para ampliar essa mistura para 30%

O uso do etanol no Brasil, nos últimos 20 anos, evitou a emissão de mais de 660 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. A título de comparação, é como se fossem plantadas mais de 5 bilhões de árvores nativas. Em termos econômicos, mais de 110 bilhões de litros de combustíveis fósseis deixaram de ser consumidos desde 2003 devido ao uso de etanol, uma economia de custos estimada em mais de US$ 50 bilhões, trazendo enormes benefícios ambientais e econômicos para o país.

Na Índia, o programa Etanol oferece uma alternativa de diversificação de mercado aos quase 50 milhões de produtores de cana do país, que atualmente dependem da produção de açúcar. Não por acaso o país asiático liderou, ao lado Brasil e dos Estados Unidos, a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA, na sigla em inglês), que já conta com a adesão de mais 19 países e 12 organizações internacionais.

A UNICA esteve na Índia para participar da BharatMobility2024, uma das maiores feiras do setor automotivo do país, que ocorreu entre os dias 1 e 3 de fevereiro. Em parceria com o APLA – Brazil Sugarcane Bioenergy Solution (Arranjo Produtivo Local do Álcool), o Brazilian Ministry of Foreign Affairs (Itamaraty) e a ApexBrasil, mostraram o potencial do etanol para descarbonização.

“O Brasil ocupa uma posição privilegiada quando falamos em soluções para a redução da pegada de carbono dos veículos. Temos mais de 40 anos de expertise na produção de etanol, uma tecnologia do presente e do futuro, que pode inclusive ser aliada à eletrificação”, afirmou a diretora-executiva da Unica, Patrícia Audi, antes da participação no evento.

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