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Destaque

Zilor registra alta de 11,7% na moagem e produtividade de 100,4 t/ha no primeiro trimestre da safra

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A Zilor, companhia sucroenergética com três unidades produtivas no Brasil localizadas no interior de São Paulo, nas cidades de Lençóis Paulista, Macatuba e Quatá, registrou uma alta de 11,1% na moagem de cana-de-açúcar do primeiro trimestre da safra 2023/24.

Segundo dados da companhia, anunciados na última terça-feira, 29, no primeiro trimestre da safra 23/24 (1T24), a moagem total foi de 4.093,4 milhões toneladas de cana, 11,1% maior comparado ao primeiro trimestre da Safra 22/23 (1T23), com aumento de 37,9% na moagem de cana própria concentrada em Quatá/SP, que representa 37,8% do total, e uma redução de 0,7% em moagem de terceiros.

Segundo a companhia, o crescimento consecutivo na moagem da região de Quatá, SP é resultado de melhorias implantadas nos últimos anos, como investimentos relacionados ao pacote tecnológico e mudanças em processos, somados ao clima favorável de chuvas distribuídas ao longo dos meses, que contribuiu para esse resultado.

No 1T24 a produtividade total foi de 100,4 t/ha, aumento de 12%, com ATR de 123,7 kg/ton, representando redução de 0,4% comparado com o mesmo período da safra anterior. Essa alta na produtividade e moagem de cana, de acordo com o diretor financeiro da Zilor, Marcos Arruda, se deu como consequência não só do clima como também do pacote tecnológico implementado pela companhia. O aumento no TCH está relacionado com o volume de chuvas distribuídas ao longo do trimestre que, somado a investimentos realizados para recuperação da produtividade, com evolução do pacote tecnológico, contribuíram para esse incremento.

“Os destaques são a região de Lençóis Paulista, com aumento expressivo de 12,8% no TCH que atingiu 101,3 t/ha no 1T24, versus 89,8 t/ha no 1T23, e ATR de 124,2 kg/t, redução de 2,2%. Na região de Quatá, SP o TCH foi de 98,3 t/ha, um incremento de 10,0% frente ao 1T23, e ATR de 122,3 kg/t, crescimento de 4,6%”, acrescentou o diretor financeiro em teleconferência.

Fabiano Zilo, CEO da Zilor, destacou que o sucesso da safra se deu muito ao clima, mas também as tecnologias e rigor nas operações. “Temoa a disciplina de fazer o certo, gerenciamento de pragas, ervas daninhas, calibrações corretas dos insumos, corretivos, fertilizantes tanto via solo como foliar em áreas de maior produtividade. Temos alto rigor para realizar as operações no tempo certo. E expandimos também a fertirrigação alinhados com nosso plano diretor na unidade Quatá”, disse.

Produção de açúcar e etanol cresceu

No 1T24 a produção de açúcar somou 230,9 mil toneladas, 11,1% superior às 207,9 mil toneladas registradas no
1T23, em razão do aumento da moagem. A produção segue de acordo com os contratos firmados com a Copersucar,
com o mix da safra mais açucareiro.

O preço médio do açúcar passou de R$ 2.031,8 t no 1T23 para R$ 2.118,1/t no 1T24, um incremento de 4,2%.
O volume de vendas apresentou crescimento de 9,5% na comparação entre os trimestres, em função de melhores
condições de mercado e posição de hedge para fixação de preços futuros da Companhia, que fixou 259 mil toneladas a preços médios de R$1.994/t na Safra 2023/24 e 261 mil toneladas a preços médios de R$ 2.150/t na Safra 2024/25.

A produção do etanol, segundo a companhia, somou 163,6 mil/m3, 10,2% superior aos 148,5 mil/m3 registrados no 1T23. No período, a produção do etanol foi direcionada para o anidro, para capturar maior valor agregado e oportunidades de vendas.

“O preço médio do etanol foi de R$ 2.873,2/m3 , uma redução de 18,6% no 1T24 em comparação com o 1T23, relacionados aos menores preços do petróleo e dólar na comparação dos períodos. O volume de venda teve um aumento de 18,3% com comercialização de 121,6 mil/m3, afirmou a companhia em relatório.

Cogeração: energia exportada teve alta de 87,2%

A Energia exportada foi de 249,7 mil MWh no 1T24, aumento de 87,2% em comparação ao 1T23, que totalizou 133,4  MWh. Esse aumento ocorreu em razão da entrega do projeto de expansão de cogeração de energia da Usina São José, que teve início em abril de 2023, somados ao maior volume de cana processada e a maior eficiência de cogeração.

A energia produzida com o bagaço da cana abastece 100% das unidades produtivas e o excedente é vendido ao mercado
por meio de leilões e contratos com distribuidores de energia elétrica, onde cerca de 98% do volume produzido está
contratado.

“O preço médio no 1T24 foi R$ 246,1/MWh vs. R$ 227,4/MWh mesmo período do ano anterior, com aumento de 8,2%, principalmente em razão da comercialização de contrato de energia no mercado livre com captura de preços mais atrativos, reajustes dos contratos do leilão e entrada do novo contrato da Usina São José que passou a operar no 1T24”, explicou.

Receita líquida tem alta de 4,5%

A receita líquida da companhia atingiu R$ 865 milhões, alta de 4,5% em relação ao 1T23, puxada principalmente pela
receita de Açúcar e Energia Elétrica.

A receita de açúcar somou R$ 295,7 milhões, aumento de 14,2% em relação ao 1T23, suportada pelos maiores volumes de vendas e preços da commodity em relação ao mesmo período da safra anterior. Com relação a fixação, de acordo com o diretor financeiro da Zilor, os volumes foram de 259 mil toneladas a preços médios de R$1.994/t  na Safra 23/24 e 261 mil toneladas a preços médios de R$ 2.150/t para a safra 2024/25.

O etanol registrou receita líquida de R$ 349,5 milhões no 1T24, redução de 3,7% em relação ao 1T23. O volume de vendas do etanol teve um incremento de 18,3% no período, que compensou a queda do preço médio do período (-18,6%). O preço do Etanol acompanha o petróleo, que apresentou redução, além do impacto da apreciação do real frente ao dólar na comparação dos períodos.

A receita líquida de Energia Elétrica somou R$ 59,6 milhões no 1T24, superior em 89,0% comparado ao 1T23, em razão do início da operação do projeto de cogeração de energia da Usina São José, com início em abril/23, somados a maior disponibilidade de bagaço devido ao aumento da moagem, maiores preços de contratos iniciados e negociados.

Na linha de “Outros”, a companhia registrou a receita líquida de R$ 10,9 milhões no 1T24, o que contempla, principalmente, i) a receita líquida de CBIOs (Créditos de Descarbonização) no montante de R$ 11,9 milhões referente a comercialização de 105,0 mil CBIOs ao preço médio de R$112,6/CBIO versus receita de R$ 27,4 milhões e comercialização de 261,6 mil CBIOs ao preço médio de R$ 104,9/CBIO no 1T23.

O EBITDA Ajustado foi de R$ 312,7 Milhões, alta de 14% versus R$ 274,3 milhões no 1T23, com margem de 36,2% e 33,1%, respectivamente.

A Dívida Líquida/EBITDA Ajustado é de R$ 312,7 Milhões, alta de 14,0% versus R$ 274,3 milhões no 1T23, com margem de 36,2% e 33,1%, respectivamente. O número se explica, segundo Arruda, pelo aumento temporário de alavancagem atribuído ao incremento do Capex de cogeração de Energia. “No período houve um grande impacto do projeto de cogeração, que é estratégico para companhia não só por sua diversificação de receita, mas também por garantir estabilidade de receita pelos bons preços no tocante a energia”, disse.

No 1T24, o lucro bruto da Companhia totalizou R$ 195,5 milhões, com margem de 22,6%, ante 242,5 milhões registrados no 1T23 e margem de 29,3%, uma redução de 19,4% e de 6,7 p.p. na comparação dos períodos. Excluindo efeitos contábeis, o lucro bruto ajustado do 1T24 teria sido R$ 299,6 milhões, com margem de 34,6%, versus R$ 219,5 milhões, com margem de 26,5% no 1T23, um crescimento de 36,5% e 8,%.

A Companhia registrou um lucro líquido de R$ 56,5 milhões no 1T24 ante R$ 69,1 milhões no 1T23, redução de 18,3%,
resultado dos fatores descritos acima.

Natália Cherubin para RPAnews

 

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