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Uso de bioestimulantes e nutrientes no incremento de produtividade e qualidade da cana-de-açúcar

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A cultura da cana-de-açúcar possui alta relevância no cenário agrícola nacional, devido a produção de açúcar, etanol e vários outros produtos e subprodutos, além da importância no âmbito socioambiental, pela geração de empregos e por ser uma fonte de energia renovável.

O processo de maturação da cana-de-açúcar é um dos mais importantes ao longo do ciclo de desenvolvimento da planta, pois afeta diretamente sua remuneração, mediante a qualidade da matéria-prima a ser entregue na indústria, pois é nessa etapa onde ocorre o maior acúmulo de sacarose.

O processo fotossintético é responsável pela produção de sacarose e seu estímulo gera maior produção, sendo esta acumulada nos colmos, aumentando o açúcar teórico recuperável (ATR), ou direcionada ao crescimento, promovendo maior produtividade de cana por hectare (TCH). Os reguladores de crescimento (RC) contribuem para o processo de maturação, antecipando a colheita e retardando o crescimento quando as condições climáticas não favorecem a maturação natural, ou seja, alta temperatura, pluviosidade e fotoperiodo.

De acordo com a Conab, a produtividade média nacional é de, aproximadamente, 73 t ha-1, porém o potencial genético da cana-de-açúcar é de mais de 300 t ha-1. Para atingir todo este potencial, deve-se mitigar estresses que reduzem a produtividade, mediante a adoção de diversas técnicas de manejo. Uma delas consiste no uso de nutrientes e bioestimulantes, que estimulam o sistema de defesa das plantas, através da ativação de antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos, além de incrementar a produtividade e qualidade da matéria prima.

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A aplicação de nutrientes e aminoácidos via foliar na fase de maturação da cana-de-açúcar possui vários benefícios como, por exemplo, o fornecimento de nutrientes numa fase em que a planta possui baixa absorção radicular, estimulando a fotossíntese, conferindo maior tolerância a estresses bióticos e abióticos e redução da senescência foliar prematura.

Além disso, os aminoácidos são precursores de alguns hormônios, atuam como fonte de nitrogênio, promovem o equilíbrio metabólico e bioquímico da planta, auxiliam na absorção e transporte de nutrientes por meio da neutralização de cargas dos íons via complexação, facilitando sua penetração e transporte nos vasos condutores, e promovem a sinalização para produção de enzimas e proteínas específicas, dadas as condições ambientais predominantes no momento da aplicação.

 

Figura 1 –TCH, ATR e TAH em função da aplicação foliar de fertilizante com aminoácidos e regulador de crescimento. Tratamentos: C – controle sem nenhuma aplicação foliar; S (Suiker) – fertilização foliar aplicado na fase de maturação da cana-de-açúcar; RC – regulador de crescimento aplicado na fase de maturação da cana-de-açúcar; SRC – fetilização foliar (Suiker) e regulador de crescimento aplicado na fase de maturação da cana-de-açúcar.

 

A aplicação de fertilizante multi-nutrientes e aminoácidos geraram ótimos resultados nas safras 20/21 e 21/22, na média de 4 experimentos em canas de início de safra, com ganhos médios de 4,7 TCH, 3,5 ATR e 1,1 toneladas de açúcar por hectare (TAH). O regulador de crescimento perfez ótimo resultado de ATR, aumentando 5,8 kg t-1, porém, como esperado, retardou o crescimento em 1,1 t ha-1, resultando em ganho de 0,5 t ha-1 de açúcar. Quando associado ambas as tecnologias, os ganhos foram de 3,2 t ha-1, 6,1 kg t-1 e 1,2 t ha-1 de TCH, ATR e TAH respectivamente.

O uso de fertilizante com aminoácidos atenuou o estresse do regulador de crescimento, estimulando o processo fotossintético para maior síntese de sacarose, sendo destinada tanto ao crescimento quanto ao acúmulo e, consequentemente, produzindo mais açúcar por hectare.

*MSc Anibal Pacheco de Almeida Prado Filho e MSc Cleber de Morais Hervatin são da AgrocomCiência Treinamentos LTDA

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