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Combustíveis: Petrobras terá novo presidente

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A Petrobras terá novo presidente. Sai Joaquim Silva e Luna e entra o economista Adriano Pires, especialista do setor de óleo de gás e com interlocução com políticos em Brasília. A troca de comando foi confirmada no início da noite de ontem, 28, pelo MME (Ministério de Minas e Energia).

De acordo com o jornal O Globo,  Silva e Luna foi avisado que seria demitido nesta segunda. Para isso, o governo encaminhará à Petrobras uma lista de nomes para fazerem parte do Conselho de Administração da Petrobras. Nessa lista não constará o nome de Silva e Luna.

Os acionistas da Petrobras se reúnem no próximo dia 13 para confirmar os novos nomes ao Conselho, incluindo o seu novo presidente, Rodolfo Landim (presidente do Flamengo). Até essa data, Silva e Luna continua no cargo. A União tem a maioria das ações com direito a voto na Petrobras, por isso não há dúvidas de que os nomes serão aprovados.

“O Ministério de Minas e Energia participa que consolidou a relação de indicados do acionista controlador para compor o Conselho de Administração da Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras, a ter efeito a partir da confirmação pela Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá em 13 de abril de 2022”, diz a nota do MME.

O documento segue: “A relação apresenta o Sr. Rodolfo Landim para o exercício da presidência do Conselho de Administração e o Sr. Adriano Pires para o exercício da presidência da empresa. O governo renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a empresa”.

A nota do ministério não fala da saída de Silva e Luna e lista os demais conselheiros da Petrobras. Para ser presidente da Petrobras é necessário fazer parte do Conselho de Administração. Sem o nome nessa lista, Silva e Luna é automaticamente substituído.

Silva e Luna tem, oficialmente, um mandato de dois anos, que só venceria no ano que vem. Mas isso não impede a troca, segundo fontes do governo, porque o Conselho precisará ser renovado já que seu atual presidente, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, pediu para deixar o cargo.

Com isso, abre-se a vaga de todos os conselheiros ao mesmo tempo, conforme o estatuto da Petrobras, deixando o caminho livre para o governo trocar Silva e Luna.

Política de preços da Petrobras

Com menos de um ano efetivamente no cargo, Silva e Luna deixa o posto após Bolsonaro discordar da política de preço da estatal. Essa política repassa para o mercado interno as variações do dólar e do barril de petróleo. Este último disparou, por conta da guerra na Ucrânia, fazendo aumentar a pressão por reajustes nos combustíveis no país.

As sanções ocidentais à Rússia causadas pela invasão da Ucrânia fizeram o barril de petróleo subir em um primeiro momento (mesmo que agora esse valor já tenha voltado ao nível pré-guerra).

Por conta desse aumento, a Petrobras anunciou uma alta de 18,77% na gasolina e de quase 25% no óleo diesel, gerando uma insatisfação generalizada no governo e no Congresso.

Silva Luna assumiu a estatal em abril de 2021. Na época, segundo a pesquisa de preços da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro da gasolina comum custava, em média, R$ 5,448 no país, e o do diesel, R$ 4,263.

Na última pesquisa da agência o preço médio do litro da gasolina estava em R$ 7,21, uma alta de 32,3%, e o óleo diesel estava R$ 6,564 por litro em média no país, ou seja, alta de 54%.

Com informações do jornal O Globo

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