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Queda de produtividade da cana em 30% motivou fechamento de usina da Raízen, diz Coplacana

Raízen mostra bons resultados de programa inédito para fornecedores de cana
Foto/Divulgação (Raízen)
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Companhia anunciou a assinatura de um contrato de comercialização de etanol celulósico até 2037 com a Shell; o acordo prevê a entrega de 3,3 bilhões de litros do produto

decisão da Raízen de paralisar as atividades da usina Santa Helena significa que cerca de 2 milhões de toneladas de cana por ano, produzidos na região e até então direcionadas à unidade de Rio das Pedras (SP), deverão ser escoadas para outras usinas do grupo, como Costa Pinto, Rafard e São Francisco.

De acordo com o presidente da Cooperativa dos Plantadores de Cana (Coplacana), Arnaldo Botoletto, esse remanejamento está se dando em função da queda de produtividade da cana. De acordo com ele, nos últimos anos, o recuo foi em torno de 30%, o que deixou praticamente todas as unidades da região ociosas, seja em decorrência da estiagem ou de fatores tecnológicos.

Somente a usina Santa Helena, portanto, deixava de moer 600 mil toneladas por ano. O volume, pelas contas de Botoletto, corresponde a R$ 18 milhão por ano em faturamento perdido, tanto pela usina, que operava com ociosidade e também plantava, como pelos fornecedores, com a queda de produtividade.

Ele ainda afirma que, na usina Costa Pinto, a perda era duplicada, uma vez que a capacidade produtiva da unidade é de cerca de 4 milhões de toneladas moídas por ano. Ou seja, a ociosidade da estrutura gerava uma perda de R$ 36 milhões ao ano no sistema só no que diz respeito à receita com a produção e fornecimento da cana.

Ele também considera as perdas nas usinas Rafard e São Francisco. Comforme Botoletto, trata-se de um desperdício expressivo de potencial decorrente do descompasso entre a quantidade de matéria-prima fornecida e a capacidade ociosa de moagem na região.

“Foi por isso que a Santa Helena teve suas atividades interrompidas e vai hibernar por dois anos. Tanto para potencializar as outras unidades como para ter esse tempo necessário para que ampliemos a produtividade da cana, considerando a mesma área existente para ela atualmente”, explicou.

Nesses dois anos previstos, será necessário um trabalho rigoroso tanto das usinas como da Coplacana para que o setor tenha o crescimento que, segundo Bortoletto, só é possível com melhorias tecnológicas, preparo adequado do solo e o uso das variedades de cana que proporcionem maior produtividade.

“Estamos trabalhando nesse sentido, para que alcancemos as condições adequadas para que o setor trabalhe novamente em sua potencialidade, s em desperdícios, e a Usina Santa Helena possa retomar suas atividades”, concluiu

Bortoletto ainda disse que, além da queda de produtividade em decorrência da estiagem, a mecanização ocorrida nas últimas safras fez com que muitas áreas deixassem de ser cultivadas, pela dificuldade de acesso de máquinas. Outras foram ocupadas pela soja, que entregou melhores resultados aos produtores.

Gazeta de Piracicaba/Romualdo Cruz Filho
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