O grupo Araporã Bioenergia, controladora da usina Alvorada, em Araporã, MG, que está em recuperação judicial desde junho de 2021, informou que teve seu plano de recuperação judicial aprovado pelos credores.
O documento permite o alongamento das dívidas, que atualmente somam cerca de R$ 450 milhões, incluindo os créditos que não estão sujeitos ao plano. De acordo com o a Araporã Bioenergia, o processo de recuperação judicial foi motivado pelas dificuldades do setor sucroenergético na região e por descompassos financeiros. Uma das principais dificuldades aconteceu após o fundo norte-americano Amerra ajuizar uma execução no valor de, aproximadamente, R$ 180 milhões.
A asessora financeira da reestruturação é a Quist Investimentos, especializada em recuperação judicial. Segundo o sócio-diretor Vinicius Hunke, entrar na justiça foi importante para a companhia.
“A recuperação judicial foi essencial para colocar todos os credores em uma negociação coordenada, buscando um alinhamento que coubesse dentro do bolso da empresa e que fosse bom para os credores. Por isso, tivemos essa aprovação de praticamente 80% deles”, afirma.
Advogado do escritório Galdino & Coelho Advogados, Gabriel Barreto foi o responsável pela recuperação judicial da sucroenergética. “O plano, além de garantir o pagamento dos credores dentro da sua capacidade financeira, confere ao grupo a possibilidade de buscar novos financiamentos dentro da recuperação judicial ou até mesmo a possibilidade de venda usina, com mecanismos mais transparentes, seguros e eficientes”, destaca.