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Produtores de cana de Alagoas calculam prejuízo de mais de R$ 340 milhões na safra

CANA
Reprodução/Globo Alagoas
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As chuvas intensas vem atrapalhando a colheita de cana na região

As chuvas intensas que estão caindo em Alagoas poderão comprometer a safra 2022/23, de acordo com produtores. O cálculo de prejuízos é de mais de R$ 340 milhões. A condição climática atrasou a moagem e, com isso, dois milhões de toneladas de cana continuam no campo e podem deixar de ser colhidas.

De acordo com Edgar Filho, presidente da Asplana (Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas), a safra desse ano é muito desafiadora e será diferente dos últimos anos, pois há uma dificuldade de colher.

“Está bem atrasada, já estamos no meio de março e ainda faltam de 2 a 3 milhões de toneladas de cana para retirar do campo. É uma situação bem preocupante porque foi um ano muito chuvoso, um ano que teve chuvas acima da média, um inverno que praticamente emendou no verão. A gente fica muito preocupado”, disse à Globo Alagoas.

O período de moagem de cana em Alagoas vai até o dia 31 de março. Porém, em 2023, o calendário pode se estender até a segunda quinzena de abril caso a chuva dê uma trégua. Se continuar chovendo, a moagem pode ficar para a próxima safra.

Maior incidência de pragas 

Além da dificuldade de colheita, o excesso de chuva foi propício para a proliferação de pragas nos canaviais, principalmente da Cigarrinha, um inseto que se alimenta da base da planta, perto da raiz. Esse tipo de praga, além de dificultar a produção, também afeta a qualidade da cana.

“Nós tivemos muita praga esse ano. A questão da cigarrinha foi uma infestação que nós tivemos no estado nunca vista. A região Norte foi uma região muito atingida”, explicou Edgar.

Outra questão levantada pelos produtores é a falta de mão-de-obra para colheita. Nos terrenos mais acidentados, com colinas, por exemplo, não é possível fazer a colheita utilizando máquinas e é preciso o trabalho manual. Segundo o presidente da Asplana, boa parte das pessoas que trabalhava no corte da cana está migrando para outras atividades.

“A mão-de-obra de cortador de cana, de pessoal para fazer nosso plantio tem diminuído bastante. Isso é uma coisa visíviel, bem comentada no setor, uma preocupação na questão de mecanização porque não temos ainda mecanização para fazer uma colheita em uma região de encosta”.

Dados da Asplana mostram que penas 37% da área plantada no Estado é feito colhido mecanicamente. São 73 colhedoras de cana-de-açúcar no total e que atende a uma demanda de 8 milhões de toneladas de cana. Alagoas tem 19 milhões de toneladas de cana para serem colhidas.

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