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Açúcar fecha em alta com dólar fraco impulsionando preços de commodities

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Os contratos de açúcar NY fecharam na quarta-feira em alta de 0,38 cents de dólares, alta de 1,61%, indo a 23,91 centavos de dólar por libra-peso, após atingir a maior cotação desde 26 de junho durante a sessão, a 24 centavos de dólar por libra-peso. Já os contratos de agosto do açúcar branco em Londres fecharam em alta de 8,40 centavos de dólar, alta de 1,24%.

A subida moderada do açúcar tanto no mercado de NY quanto em Londres, tem a ver com queda do dólar, propiciando a maioria dos preços das commodities, incluindo o açúcar. Além disso, uma alta no petróleo bruto em mais de 2% sustentou os ganhos no açúcar. Preços mais altos do petróleo beneficiam o etanol e podem levar as usinas de açúcar do mundo a desviar sua moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.

A produção de açúcar está forte no Brasil. De acordo com dados da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia), a produção de açúcar do Centro-Sul na safra 2023/24 até junho aumentou 25,9% para 12,228 milhões de t. Além disso, 47,68% da cana moída foi utilizada para a produção de açúcar este ano, um aumento de 42,56% no ano passado.

A Datagro previu em 29 de junho que o Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar, produzirá um recorde de 39,1 milhões de toneladas de açúcar no ano comercial 2023/24 que começou em abril, um aumento de 16%.

Os preços do açúcar são sustentados pela seca excessiva na Tailândia, terceiro maior produtor mundial de açúcar, o que pode restringir a produção de açúcar do país. Até agora este ano, a precipitação na Tailândia está 28% abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do sistema climático El Nino pode reduzir a precipitação ainda mais nos próximos dois anos. A Czarnikow prevê que a produção tailandesa de açúcar este ano pode cair pela primeira vez em três anos e pode cair para o segundo nível mais baixo desde 2009/10.

Os preços do açúcar se sustentam nas preocupações de que um padrão climático do El Niño possa interromper a produção global de açúcar. Um padrão climático de El Nino normalmente traz fortes chuvas para o Brasil e seca para a Índia, impactando negativamente a produção de cana-de-açúcar. A última vez que o El Nino trouxe seca às safras de açúcar na Ásia foi em 2015 e 2016, o que fez com que os preços disparassem.

Por fim, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) cortou em 22 de maio sua estimativa de produção global de açúcar 2022/23 para 177,4 milhões de t de uma estimativa anterior de 180,4 milhões de t e reduziu sua estimativa de superávit global de açúcar 2022/23 para 852.000 mil toneladas de uma estimativa anterior de 4,15 milhões de t . Em 4 de maio, a ISO previu um superávit global de açúcar 2023/24 de 2,1 milhões de t.

Informações Barchart/Tradução RPAnews

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