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Preços do açúcar fecham em alta com alta do petróleo bruto

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Os preços do açúcar na quarta-feira fecharam moderadamente em alta, com a força dos preços do petróleo bruto sustentados. O contrato do açúcar bruto com vencimento em outubro fechou em alta de 0,26 centavo de dólar, ou 1,1%, indo a 23,71 centavos de dólar por libra-peso.

O petróleo bruto subiu na quarta-feira, 09, o que beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar do mundo a desviarem sua moagem de cana para a produção de etanol, reduzindo assim a oferta de açúcar.

O preço do açúcar tem suporte, segundo a Czarnikow,  diante da previsão de que a produção de açúcar da Tailândia 2023/24 deverá cair cerca de 31%, para 7,4 milhões de toneladas devido ao clima seco. Até agora, as chuvas na Tailândia estão bem abaixo do mesmo período do ano passado e o início do El Nino pode reduzir ainda mais a precipitação nos próximos dois anos. A Tailândia é o terceiro maior produtor mundial de açúcar.

Outro fator de apoio para o açúcar foi a estimativa da última quarta-feira da Indian Sugar Mills Association (ISMA) de que a produção de açúcar da Índia em 2023/24 cairia 3,4% a/a para 31,68 milhões de t. A Índia é o segundo maior produtor mundial de açúcar.

Os preços do açúcar caíram na última sexta-feira, quando o Ministério de Alimentos da Índia disse que os estoques de açúcar do país eram suficientes e ficaram em 10,8 milhões de t no final de julho, atenuando as especulações de que a Índia poderia reduzir as exportações de açúcar.

Em um fator de baixa, a Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar) informou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de julho aumentou 8,9% para 3.241 milhões de t e que a produção de açúcar na safra 2023/24 até meados de julho aumentou 21,9% a/a para 15,470 milhões de t. Além disso, 48,14% da cana moída foi utilizada para a produção de açúcar este ano, um aumento de 43,54% no ano passado.

As recentes condições climáticas favoráveis ​​do Brasil levaram a trader de açúcar Czarnikow a aumentar sua previsão de produção de açúcar no Centro-Sul para 2023 em 500 mil t, para 38,2 milhões de t. Além disso, a Datagro previu em 29 de junho que o Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar, produzirá um recorde de 39,1 milhões de toneladas de açúcar no ano-safra 2023/24 que começou em abril, alta de 16%.

Um fator otimista para o açúcar é a preocupação de que um padrão climático do El Nino possa interromper a produção global de açúcar. Em 8 de junho, o Centro de Previsão do Clima dos EUA disse que as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico equatorial subiram 0,5 grau Celsius acima do normal e os padrões de vento mudaram a ponto de atender aos critérios do El Niño. Um padrão climático de El Nino normalmente traz fortes chuvas para o Brasil e seca para a Índia, impactando negativamente a produção de cana-de-açúcar. A última vez que o El Nino trouxe seca às safras de açúcar na Ásia foi em 2015 e 2016, o que fez com que os preços disparassem.

Informações da Bachart
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