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O açúcar tem nova alta com preocupação sobre a produção global

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Os preços do açúcar na terça-feira ampliaram os ganhos de segunda-feira e registraram máximas em uma semana. As fortes chuvas na Europa inundaram campos e atrasaram a produção de beterraba sacarina, ameaçando restringir ainda mais a oferta mundial de açúcar.

O contrato do açúcar bruto para março fechou em alta de 0,19 centavo, ou 0,7%, a 27,75 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar branco para março, por sua vez, subiu US$ 2,80, ou 0,4%, para US$ 749,20.

A França recebeu recentemente 32 dias consecutivos de chuvas, o período mais longo desde 1998. Quase 50% da beterraba sacarina da França permanece sem colheita devido aos campos inundados, e se os campos não secarem logo para permitir o trabalho de campo, o restante da colheita de beterraba poderá ser danificado pela geada.

No Brasil, revendedores disseram a Reuters que preveem um clima mais úmido nos próximos dias devido as chuvas, o que pode levar algumas usinas a encerrarem as operações deste ano. Além disso, analistas disseram que poderá haver alguma venda de açúcar bruto durante o reequilíbrio anual dos índices de commodities, em janeiro.

Em 7 de novembro, o açúcar subiu para o máximo em 12 anos devido às perspectivas de uma oferta global de açúcar mais restrita. O congestionamento nos portos do Brasil está limitando as exportações de açúcar, já que um relatório da Green Pool Commodity Specialists disse que as exportações de açúcar do Brasil em outubro caíram -10% em relação a setembro. Alguns navios aguardam até 40 dias para carregar açúcar no maior porto do Brasil.

As perspectivas de redução das exportações de açúcar da Tailândia apoiam os preços do açúcar. Em 31 de Outubro, o vice-ministro do Comércio da Tailândia disse que o país iria categorizar o açúcar como uma mercadoria controlada para controlar a inflação e manter a segurança alimentar, o que significa que um painel regulador será necessário para aprovar as exportações de açúcar da Tailândia de uma tonelada ou mais.

A Thai Sugar Millers Corp projetou no início do mês que a produção de açúcar da Tailândia em 2023/24 cairia 36% para um mínimo de 17 anos de 7  milhões de t devido a uma seca severa. Até agora, neste ano, a precipitação na Tailândia está bem abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do sistema climático El Niño poderá reduzir ainda mais a precipitação nos próximos dois anos. A Tailândia é o terceiro maior produtor de açúcar e o segundo maior exportador de açúcar do mundo.

Com informações da Barchart e Reuters

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