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Bevap espera moer 11,7% a mais de cana na safra 2024/25

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Com uso de tecnologias como a irrigação, controle biológico, novas variedades, a companhia tem canaviais de três dígitos

Diferentemente de muitas unidades, que preveem uma redução na produção da safra 2024/25, a Bevap, usina sucroenergética localizada em João Pinheiro, MG, espera moer 3,1 milhões de toneladas na safra 2024/25, o que representa uma alta de 11,7% em relação a safra 2023/24, quando a usina processou 2,735 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Embora a safra 2023/24 não tenha sido recorde da companhia, houve um aumento significativo no volume de cana processada, impulsionado pela expansão da área plantada, melhorias na irrigação e uso de tecnologias avançadas em tratos culturais. “O volume da safra anterior é resultado de condições climáticas favoráveis, melhorias na gestão agrícola e investimentos em tecnologia de plantio e colheita”, afirma o diretor Agrícola da Bevap, Alecio Cantalogo.

Para a safra 2024/25, a expectativa da companhia é manter a produção de açúcar elevada. A expectativa é que sejam produzidas 270 mil toneladas do adoçante, alta de 12,5% quando comparada a produção da safra 2023/24, quando a companhia produziu 240 mil toneladas.

Já na produção de etanol, a alta chega a 18,8% em relação a safra anterior. A companhia espera atingir 101 milhões de litros, com foco no etanol anidro, sendo 86,5 milhões de litros de etanol anidro e 15,0 milhões de litros de hidratado. Na safra 2023/24, a companhia produziu 85 milhões de l.

“Na safra passada, otimizamos a produção de açúcar e etanol conforme as condições de mercado e investimos em tecnologia de fermentação e destilação para garantir maior rendimento”, explica o diretor industrial da Bevap, Eliandro de Jesus Romani.

Na safra 2023/24, a área agrícola apresentou desafios como a irregularidade das chuvas, aumento na incidência de pragas e doenças e um baixo ATR. Para superar esses desafios, a Bevap investiu em sistemas de controle da irrigação eficientes, controle integrado de pragas e doenças, otimização na logística de transporte, uso intensivo de maturadores e gestão de custos.

“Para 2024/25, esperamos alcançar um TCH médio de aproximadamente 106 toneladas por hectare e um ATR médio de 138,7kg por tonelada de cana. Esses resultados serão alcançados através de melhorias na irrigação, reformas com novas variedades de cana de alta produtividade, práticas agronômicas avançadas e manejo eficaz de pragas e doenças. Continuaremos a ampliar nossos sistemas de irrigação e investir em tecnologia de ponta e práticas sustentáveis para garantir uma safra bem-sucedida. Continuamos também investindo na modernização dos canaviais, focando no replantio, agricultura de precisão e práticas sustentáveis, como o uso de biofertilizantes e controle biológico de pragas”, afirma Cantalogo.

Na indústria, foram contemplados investimentos para automação de processo com ferramentas de balanço de massa e energia, além de automatização dos dados online em tempo real, e investimento na otimização de equipamentos para maximizar a produção de açúcar, segundo o diretor industrial da Bevap.

“Estamos também estudando vários projetos que em um futuro próximo poderão se tornar realidade, como exemplo etanol de milho, DDG, biogás, CO2 e biometano”, adiciona.

Irrigação: ferramenta para produtividade

A Bevap, desde sua fundação, sempre teve como uma necessidade a irrigação, devido a área em que está localizada. Na safra 2023/24, para garantir a performance dos canaviais, a companhia intensificou o uso de sistemas de irrigação mais modernos. Hoje, aproximadamente 22 mil hectares dos canaviais da Bevap estão equipados com sistemas de irrigação por gotejamento, pivôs centrais, pivôs lineares e aspersão. Esses sistemas têm permitido um incremento significativo na produtividade por hectare e maior eficiência no uso da água, segundo o diretor agrícola.

“Esses sistemas permitem uma aplicação precisa de água e nutrientes, reduzindo perdas por evaporação e melhorando o controle da umidade do solo e a saúde das plantas. A irrigação adequada tem elevado a TCH média nos canaviais irrigados, com um incremento de aproximadamente 20% a 30%. A TCH média em áreas irrigadas é de aproximadamente 110 toneladas por hectare, enquanto em áreas não irrigadas é de aproximadamente 75 a 80 toneladas por hectare”, revelou.

Com isso, o desempenho da safra 2023/24 foi excelente, com produção acima do planejado. Processamos 2,735 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A TCH média foi de 100,75 toneladas por hectare, e o ATR médio foi de 142,18 kg por tonelada de cana. Investimentos em tecnologia, irrigação e práticas sustentáveis foram cruciais para esses resultados.

Hoje, o manejo dos canaviais irrigados inclui análise e correção de solo, escolha de variedades adaptadas, uso de sistemas de irrigação modernos, práticas de mecanização com máquinas modernas, todas com uso de pilotos automáticos, manejo de nutrientes e fertirrigação, controle integrado de pragas e doenças, gestão da colheita mecanizada georreferenciada e práticas sustentáveis.

“A Bevap utiliza tecnologias como agricultura de precisão (monitoramento com drones e sensores de solo), SIG, variedades de cana melhoradas, manejo integrado de pragas, adubação e fertirrigação, manejo do solo com rotação de culturas e cobertura vegetal, tecnologia de plantio, colheita mecanizada de alto rendimento e agricultura regenerativa”, conclui.

Natália Cherubin para RPAnews

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