A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu “cautela e diplomacia firme” ao governo brasileiro diante da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
“A FPA manifesta preocupação com a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, comunicada por meio de carta oficial enviada ao governo brasileiro, representa um alerta ao equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países”, disse a bancada da agropecuária em nota.
A FPA avalia que a nova alíquota vai produzir reflexos diretos que atingem o agronegócio nacional “com impactos no câmbio, no consequente aumento do custo de insumos importados e na competitividade das exportações brasileiras”.
O texto complementa: “Diante desse cenário, a FPA defende uma resposta firme e estratégica: é momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações”.
Por fim, a frente defendeu o fortalecimento das tratativas bilaterais entre os países, sem isolamento do Brasil perante às negociações. “A diplomacia é o caminho mais estratégico para a retomada das tratativas”, argumenta a FPA.
Tereza Cristina: “calma e equilíbrio”
A senadora e vice-presidente da FPA, Tereza Cristina (PP-MS), defendeu que as instituições brasileiras precisam ter “calma e equilíbrio” no atual momento.
“A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados. Ambos têm instrumentos legais para colocar à mesa de negociação nos próximos 22 dias”, disse a senadora em nota ao Broadcast Agro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mais cedo que os EUA vão impor tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto. Trata-se da mais alta alíquota divulgada a partir de cartas enviadas pelo republicano aos países desde o início desta semana.
Agência Estado| Isadora Duarte