Modelo pode chegar ao mercado em 2026 de olho no desconto do programa governamental que barateia carros menos poluentes; GM estaria readequando motor, diz publicação
A liberdade de abastecer o carro tanto com gasolina quanto com etanol é realidade no Brasil desde o começo da década de 2000, quando foram lançados os primeiros carros com motor flex. Agora, a General Motors do Brasil pode voltar atrás e trazer de volta um carro movido apenas com o combustível feito da cana-de-açúcar – como aconteceu nas décadas de 1980 e 1990.
De acordo com reportagem da revista Quatro Rodas, a fabricante quer aumentar os benefícios fiscais para o hatch Onix no programa de incentivo do governo federal, que reduz impostos para veículos mais econômicos e menos poluentes. Em resumo, uma vez movido apenas a etanol, o carro polui menos e, consequentemente, fica mais barato (por causa do incentivo governamental), o que pode elevar o número de vendas.
Os descontos deixariam o carro mais barato e, consequentemente, ele poderia retomar a liderança de vendas – perdida para o adversário Volkswagen Polo, que se mantém como o carro mais vendido do Brasil. O Onix, inclusive, está abaixo também dos rivais Fiat Argo e Hyundai HB20.
A publicação aponta que o Onix a etanol não teria um novo motor. A engenharia da marca trabalharia em cima da base do recém atualizado 1.0 12V aspirado de até 82 cv e 10,6 mkgf – atualmente, flex. A nova versão do carro, aliás, ocuparia a posição de entrada.
A GM aposta em alterações como “câmaras de combustão, gestão do comando de aberturas de válvulas e mapas eletrônicos para que haja melhora no rendimento com etanol, já que os motores flex buscam um meio termo entre o melhor rendimento com etanol e gasolina”, diz a Quatro Rodas.
A ideia é que o modelo estreie no ano que vem. Porém, caso a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) acabe em 2026, conforme previsto, o Onix a etanol passaria a não interessar o público.
Agência Estado| Vagner Aquino