Os preços do açúcar fecharam de forma mista na sexta-feira, com o açúcar de NY subindo para uma alta de 1,5 semana. O contrato de açúcar bruto com vencimento em outubro fechou em alta de 0,11 centavo de dólar, ou 0,7%, a 15,87 centavos de dólar por libra-peso. Com isso, o mercado registrou um ganho semanal de 2,6%. Já o contrato mais ativo de açúcar branco caiu 0,4%, para US$ 461 por tonelada.
A força nos preços do petróleo provocou alguma cobertura a descoberto nos futuros do açúcar, com o petróleo bruto WTI subindo para uma alta de 1,75 mês na sexta-feira. Os preços mais elevados do petróleo bruto beneficiam os preços do etanol e podem levar as usinas de açúcar globais a desviar mais a moagem de cana para a produção de etanol em vez de açúcar, reduzindo assim a oferta de açúcar.
Na terça-feira, o açúcar de NY registrou uma baixa de 4,25 anos no futuro mais próximo, e o açúcar de Londres registrou uma baixa de 4 anos, ao estenderem sua tendência de baixa de 7 meses devido às perspectivas de abundantes ofertas globais de açúcar. A StoneX projetou na terça-feira um superávit global de açúcar de 2,8 milhões de t para a próxima temporada 2025/26, passando de um déficit de 4,7 milhões de t na temporada 2024/25.
A maior produção de açúcar no Brasil é um sinal de baixa para os preços. Na quarta-feira passada, a Unica informou que a produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na segunda quinzena de agosto aumentou +18% a/a, para 3.872 MT. Além disso, a porcentagem de cana-de-açúcar moída para produção de açúcar pelas usinas brasileiras na segunda quinzena de agosto aumentou para 54,20%, de 48,78% no mesmo período do ano passado. No entanto, a produção acumulada de açúcar Centro-Sul em 2025-26 até agosto caiu 1,9%, para 26,758 milhões de t.