Os preços do açúcar registraram alta nesta terça-feira (30), com o contrato negociado em Nova York atingindo o maior patamar em quatro semanas e o açúcar branco, negociado em Londres, alcançando o nível mais alto em uma semana e meia.
O contrato do açúcar bruto com vencimento em outubro teve alta de 0,5%, para 16,10 centavos de dólar por libra-peso, seu quarto ganho consecutivo. Por sua vez, o contrato mais ativo do açúcar branco subiu 1,3%, indo a US$ 468,30 por tonelada.
A valorização foi impulsionada pela fraqueza do dólar, que torna commodities cotadas na moeda americana mais atrativas, e por sinais de fortalecimento da demanda global, como a recente compra feita pelo Paquistão de 320 mil toneladas de açúcar para entrega imediata.
Na semana passada, no entanto, os preços do açúcar em Nova York e Londres haviam atingido mínimas — o menor nível em 4 anos — dando continuidade a uma tendência de queda que já dura sete meses. Essa pressão baixista foi causada pela expectativa de uma oferta global abundante. A consultoria StoneX, por exemplo, revisou suas projeções e agora prevê um superávit global de 2,8 milhões de toneladas para a safra 2025/26, revertendo o déficit estimado de 4,7 milhões de toneladas para o ciclo 2024/25.
Apesar da alta recente, o aumento da produção de açúcar no Brasil segue como um fator de pressão sobre os preços. Dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), divulgados em 17 de setembro, mostram que a produção de açúcar no Centro-Sul do país na segunda quinzena de agosto cresceu 18% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 3,872 milhões de toneladas. Além disso, o percentual da cana-de-açúcar destinada à fabricação de açúcar subiu para 54,20%, contra 48,78% no mesmo intervalo de 2024.
No acumulado da safra 2025/26 até o fim de agosto, porém, a produção no Centro-Sul apresenta uma leve queda de 1,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, somando 26,758 milhões de toneladas.
Com informações da Barchart