Home Açúcar Açúcar: estimativa do Itaú BBA é de aumento representativo na safra 2023/24 no Centro-Sul
AçúcarÚltimas Notícias

Açúcar: estimativa do Itaú BBA é de aumento representativo na safra 2023/24 no Centro-Sul

Apesar da derrocada dos preços na última semana - que fez os contratos de açúcar de março serem negociados a US$ 14,46, o preço foi 5,4% maior
Foto/ilustrativa
Compartilhar

A expectativa de aumento na moagem de cana da safra 2023/24, que permeia entre 580 e 590 milhões de toneladas, poderá acrescentar de 1 a 2 milhões de toneladas a mais de açúcar no final da safra, o que pode deixar o balanço global de açúcar mais confortável.

Em NY, a tela de mar/23 expirou no final de fevereiro com o segundo maior preço desde o início de 2023, em cUSD 22,08/lp. O vencimento mais próximo passou a ser a mai/23, que também apresentou variação positiva encerrando na segunda semana de março em cUSD 20,62/lp (20/3), alta de 3,4% no comparativo comos últimos 30 dias(18/2).

De acordo com análise do Itaú BBA, o fortalecimento das cotações aconteceu principalmente na última semana de fevereiro com as perspectivas de volta dos impostos federais nos combustíveis. “Com a volta parcial do PIS/CONFIS houve diferença entre os valores dos impostos da gasolina e etanol, aumentando a competitividade do hidratado. Mesmo com a postergação da data para retorno nos impostos e o retorno de forma parcial, a medida foi positiva para o setor, principalmente com o início da safra 2023/24 no Centro-Sul no próximo mês”, disseram os analistas.

Por outro lado, a safra indiana continua no pico de produção de açúcar. Segundo dados da ISMA (Associação das Usinas de Açúcar da Índia), até o final de fevereiro a produção de açúcar atingiu 28,6 milhões de toneladas, 4% acima do mesmo período da safra 2021/22. Mesmo com maior produção, 61 usinas encerraram as operações frente às 32 unidades no mesmo período do ano passado.

Os analistas do Itaú BBA, ressaltam que a safra atual iniciou com 12 usinas a mais do que em 2021/22, porém, mesmo assim, o número de unidades em operação até o período do relatório é menor do que na safra anterior, sendo 467 versus 484 unidades em 2021/22. “Com isso, é provável que a diferença na produção de açúcar com a safra 2021/22 comece a diminuir, e possivelmente termine menor, como o estimado pela ISMA”, disseram.

Centro-Sul produzirá mais açúcar

Para os próximos meses, o foco do mercado de açúcar começará a se voltar para safra brasileira na região Centro- Sul. Ainda há muita divergência em relação à melhora na produtividade e o volume de cana disponível para safra 2023/24. Os números variam de 580 a 600 milhões de toneladas, e a safra 2022/23 até o final de fevereiro atingiu 542 milhões de toneladas.

“A diferença entre os números de moagem pode acrescentar de 1 a 2 milhões de toneladas no final da safra, o que pode deixar o balanço global de açúcar mais confortável. Outro fator que começa a ser discutido é se caso haja maior volume de cana disponível se haverá tempo hábil para moagem considerando ainda o aumento da probabilidade de El Niño no segundo semestre que pode trazer mais umidade e diminuir o número de dias de moagem, porém ainda é cedo para concluir”, afirmaram os analistas

As chuvas no mês de março impossibilitaram que as usinas iniciassem a safra adiantada. Algumas regiões encerraram a colheita em 2022 com volume de cana bisada, que inicialmente estava planejada para ser colhida em março. Os bons volumes de precipitação nas regiões produtoras também atrasaram o plantio de cana de 18 meses, o que até o momento, de acordo com os analistas, não traz grandes impactos, dado que a safra tende a iniciar em abril, período sazonalmente normal.

“O suporte de preço em NY continua sendo a paridade de exportação indiana, ao redor dos cUSD 18-18,5/lp. Com o fluxo de comercialização de açúcar apertado, e o país ainda no pico de safra e sendo importante exportador, os preços tendem a permanecer em patamares que o adoçante da Índia possa ser entregue para o mercado mundial. As safras dos principais produtores do Hemisfério Norte também caminha para o final da produção de açúcar nas próximas semanas. Com as usinas de Índia e Tailândia encerrando as atividades antes do mesmo período de 2021/22, isso pode significar redução no volume de produção de açúcar, o que pode apertar um pouco mais o fluxo global de comercialização”, disseram em relatório.

Natália Cherubin para RPAnews

Compartilhar
Artigo Relacionado
Últimas Notícias

Polícia suspeita que etanol batizado com metanol foi usado em bebidas adulteradas

Segundo delegado do DPPC, porcentagem alta de metanol em amostras, de até...

Últimas Notícias

Tereos vai investir para irrigar 20% de seus canaviais e deixa de lado aposta no biogás

Objetivo é ter um seguro contra a escassez de chuvas que tem...

Setor sucroenergético seleção natural
Últimas Notícias

Com açúcar em baixa, usinas de cana “viram a chave” para o etanol

Embora faltem dois meses para o fim da moagem da safra, agentes...

Últimas Notícias

Biometano: produção deve triplicar até 2027, segundo a Copersucar

Um estudo da Copersucar aponta que o Brasil vive um ponto de...