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Açúcar: petróleo impulsiona mercado e reacende debate sobre tiscos eportunidades

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O açúcar e outras commodities agrícolas sentem os efeitos do petróleo, enquanto clima e fixações antecipadas movimentam o setor sucroenergético.

Os preços do açúcar encerraram a quinta-feira com alta moderada, impulsionados pela valorização de 3% do petróleo bruto WTI. Esse movimento favoreceu a recompra de posições vendidas nos contratos futuros da commodity. Com o petróleo mais caro, o etanol torna-se mais competitivo, o que pode levar as usinas a redirecionar a moagem da cana para o biocombustível, reduzindo a oferta global de açúcar.

O contrato de açúcar bruto com vencimento em julho subiu 0,37 centavo (2,2%), fechando a 17,50 centavos de dólar por libra-peso. Já os contratos mais ativos de açúcar branco avançaram 2%, alcançando US$ 494,90 por tonelada.

De acordo com operadores ouvidos pela Reuters, as chuvas registradas na segunda quinzena de abril devem ter reduzido significativamente a moagem de cana — cerca de 40% abaixo do mesmo período de 2024.

O Rabobank, em relatório recente, alertou que o mercado seguirá atento à evolução da safra no Brasil: “De modo geral, as estimativas para a produção brasileira de cana exibiram um viés negativo nas últimas semanas, o que poderia desencadear um movimento de alta nos preços”, afirmou o banco.

Apesar da recuperação recente, na sexta-feira anterior o açúcar negociado na ICE de Nova York para julho chegou à mínima de 3,5 anos nos contratos de vencimento mais próximo. Em Londres, os contratos caíram na quarta-feira à mínima de 3,5 meses, refletindo a perspectiva de maior produção brasileira — fator que tende a pressionar os preços para baixo.

Na última análise da Archer Consulting, o diretor Arnaldo Luiz Corrêa destacou que, embora ainda seja cedo para afirmar uma reversão de tendência, é difícil imaginar o mercado sustentando níveis abaixo dos 17 centavos por muito tempo. Segundo ele, a média dos contratos das safras 26/27 e 27/28 encerrou a 17,02 centavos de dólar por libra-peso.“Esse patamar pode ser uma excelente oportunidade para consumidores industriais fixarem compras — ou, ao menos, venderem opções de venda ‘no dinheiro’ com preço de exercício em 17 centavos, coletando cerca de 114 pontos de prêmio. Se forem exercidos, estarão comprados a 15,86 centavos — um nível que só vimos na pandemia da Covid-19. Se isso não é um bom negócio, é pelo menos uma boa história para contar”, comentou Corrêa.

Ele também mencionou rumores de que algumas usinas estariam recomprando hedges:“O que, sejamos francos, não combina com quem se diz comprometido com uma política de risco séria. Uma alternativa mais sensata seria comprar calls fora-do-dinheiro no nível em que foi feita a fixação. Hedgear não é desfazer: é proteger.”

Além disso, a consultoria publicou sua primeira estimativa sobre a fixação de preços da safra 2026/2027. Até o dia 31 de março de 2025, as usinas brasileiras já haviam fixado cerca de 5 milhões de toneladas de açúcar para exportação, com preço médio de R$ 2.429,63 por tonelada, já incluindo o prêmio de polarização.

Tomando como base a previsão de 36 milhões de toneladas de exportação total para aquele ciclo, esse volume fixado representa aproximadamente 13,89% do total projetado.

 

Natália Cherubin com informações da Reuters e Barchart
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