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Açúcar sobe e há preocupações sobre a produção global

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Os preços do açúcar nesta quarta-feira, 19,  registraram ganhos moderados. Os preços do açúcar são sustentados pela seca excessiva na Tailândia, terceiro maior produtor mundial de açúcar, o que pode reduzir a produção de açúcar do país.

Até agora este ano, a precipitação na Tailândia está 28% abaixo do mesmo período do ano passado, e o início do sistema climático El Nino pode reduzir a precipitação ainda mais nos próximos dois anos. O Czarnikow Group prevê que a produção tailandesa de açúcar este ano pode cair pela primeira vez em três anos e pode cair para o segundo nível mais baixo desde 2009/10.

Um fator otimista para o açúcar é a preocupação de que um padrão climático do El Nino possa interromper a produção global de açúcar. Em 8 de junho, o Centro de Previsão do Clima dos EUA disse que as temperaturas da superfície do mar no Oceano Pacífico equatorial subiram 0,5 grau Celsius acima do normal e os padrões de vento mudaram a ponto de atender aos critérios do El Nino.

Um padrão climático de El Nino normalmente traz fortes chuvas para o Brasil e seca para a Índia, impactando negativamente a produção de cana-de-açúcar. A última vez que o El Nino trouxe seca às safras de açúcar na Ásia foi em 2015 e 2016, o que fez com que os preços disparassem. As recentes condições de seca no Brasil aceleraram a safra de açúcar do Brasil e são um fator negativo para os preços. As previsões climáticas brasileiras favoráveis ​​também reduziram as chances de geadas prejudiciais. A produção de açúcar está em alta no Brasil.

A Unica informou na última terça-feira que a produção de açúcar do Brasil Centro-Sul na segunda quinzena de junho aumentou 7,6% a/a para 2.695 MMT e que a produção de açúcar na safra 2023/24 até junho aumentou +25,9% a/a para 12.228 MMT . Além disso, 47,68% da cana moída foi utilizada para a produção de açúcar este ano, um aumento de 42,56% no ano passado.

As recentes condições climáticas favoráveis ​​no Brasil levaram a trader de açúcar Czarnikow a aumentar sua previsão de produção de açúcar no Centro-Sul para 2023 em 500.000 MT, para 38,2 MMT. Além disso, a Datagro previu em 29 de junho que o Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora de açúcar, produzirá um recorde de 39,1 milhões de toneladas de açúcar no ano comercial 2023/24 que começou em abril, um aumento de 16% a/a.

O USDA, em seu relatório semestral divulgado em 25 de maio, projetou que a produção global de açúcar em 2023/24 subiria +6,0% a/a para um recorde de 187.881 MMT e que o consumo global de açúcar humano em 2023/24 aumentaria +2,3% a. /y para um recorde de 180.045 MMT. O USDA também previu que os estoques finais globais de açúcar em 2023/24 cairiam -15,2% a/a, para uma baixa de 13 anos de 33,455 MMT.

A Organização Internacional do Açúcar (ISO) cortou em 22 de maio sua estimativa de produção global de açúcar 2022/23 para 177,4 MMT de uma estimativa anterior de 180,4 MMT e reduziu sua estimativa de superávit global de açúcar 2022/23 para 852.000 MT de uma estimativa anterior de 4,15 MMT. Em 4 de maio, a ISO previu um superávit global de açúcar 2023/24 de +2,1 MMT.

Barchart com tradução RPANews.

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