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Alta do Petróleo não impactou combustíveis, mas poderá pressionar preços

Imagem/Ilustrativa: RPAnews
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Até sexta-feira, 25, os preços dos combustíveis no Brasil não haviam sido afetados, mesmo com o aumento do barril de petróleo, que passou os US$ 100, diante do conflito entre Rússia e Ucrânia. O boletim semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), divulgado na última sexta-feira, confirma a tendência de queda do preço da maior parte dos combustíveis.

No país, o etanol  foi encontrado com valor médio de R$ 4,63 nesta semana. Na anterior, o valor médio por litro era de R$ 4,69. O biocombustível foi afetado no ano passado devido ao impacto da crise hídrica. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o etanol acumulou uma alta de 63,28% durante 2021, liderando o ranking da inflação.

A gasolina, que possui 27% de etanol anidro na composição, também vem em uma tendência de queda, mas ainda tímida. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina comum na semana corrente foi de R$ 6,56, frente aos R$ 6,58 verificados na anterior.

O diesel, utilizado em veículos de grande porte como caminhão e ônibus, apresentou leve aumento. O preço médio do litro passou a custar R$ 5,59 nesta semana, frente aos R$ 5,57 da anterior.

Preços dos combustíveis devem subir

Entre especialistas do mercado há quem aposte que o barril do petróleo, usado como matéria-prima para produzir gasolina e diesel, vai ultrapassar a cotação recorde de US$ 147,50 por barril, de 2008.

O último reajuste de combustíveis feitos pela Petrobras foi em 12 de janeiro. De acordo com a companhia na semana passada, a valorização do real frente ao dólar contrabalançava a alta do barril e ajudava a segurar os preços dos combustíveis. Com isso, ganharia tempo para avaliar se as mudanças trazidas pela guerra seriam estruturais e permaneceriam por um longo prazo, o que justificaria novos aumentos, ou se eram eventos pontuais. Com a guerra, o dólar voltou a se valorizar sobre o real.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), ouvida pela Agência Estado, a defasagem entre a Petrobras e as principais bolsas de negociação já chega a 11%, no caso da gasolina, e a 12%, no diesel.

A Petrobras sofre grande pressão do governo para não reajustar a gasolina e o diesel, porque isso gera inflação e afeta o orçamento das famílias, o que pode prejudicar os planos de reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro. O governo é o acionista majoritário da companhia. Mas a petrolífera tem também os seus acionistas minoritários, no mercado financeiro, que exigem dela independência na gestão e resistência aos apelos políticos.

Com informações da ANP e Agência Estado
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