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Após prejuízo de R$ 73,5 milhões, Jalles foca em eficiência – e biometano está no radar

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Em apresentação de resultados para analistas, CFO da companhia diz que o momento exige cautela em novos investimentos

Após registrar um prejuízo de R$ 73,5 milhões no terceiro trimestre da safra 2024/25, a Jalles busca maior eficiência operacional para garantir resultados mais sólidos. Em apresentação de resultados para analistas realizada nesta quinta-feira, 13, o CFO da companhia, Rodrigo Penna de Siqueira, destacou que o momento exige cautela na alocação de recursos.

“Agora que crescemos, o foco é explorar ao máximo os ativos, ganhar eficiência operacional e industrial, sem aumentar a alavancagem. Queremos operar as usinas com mais produtividade antes de pensar em novos investimentos”, disse o executivo.

Apesar do prejuízo no período, a empresa registrou um Ebitda ajustado de R$ 385,9 milhões, um avanço de 16% na comparação anual. Já a receita líquida cresceu 49,3%, alcançando R$ 740,4 milhões.

A estratégia de maior controle financeiro também se refletiu no volume de investimentos. No terceiro trimestre da safra 2024/25, o capex total foi de R$ 145,7 milhões, uma queda de 36,4% em relação ao mesmo período da safra anterior.

Mesmo com a postura cautelosa, a Jalles segue avaliando a produção de biometano. Na unidade Otávio Lage, em Goianésia (GO), a empresa já produz biogás e pretende iniciar a produção de biometano no curto prazo – em 2023, a empresa anunciou um investimento de R$ 30 milhões para a produção do biocombustível.

Na usina Jalles Machado, também em Goiás, principal unidade da companhia para a produção de açúcar e etanol, com capacidade de processamento de 3,3 milhões de toneladas, o projeto de biometano continua em fase de estudo.

“Estamos avaliando essa possibilidade, seguindo o mesmo modelo de parceria minoritária, com um investimento menor, mas que faz sentido estratégico para o nosso negócio como um todo”, afirmou o CFO.

Demanda por etanol

Na avaliação do executivo, o setor de etanol também registra forte demanda, com os preços subindo de R$ 2,60 por litro para R$ 3,37/L em fevereiro. Para março, a projeção já aponta R$ 3,47/L, refletindo o consumo aquecido – a expectativa é de um mercado mais enxuto na safra 2025/26, o que pode sustentar os preços em alta.

Segundo Siqueira, a oferta total de etanol deve cair para 33 bilhões de litros na temporada 2025/26, uma redução de 1,6 bilhão de litros em comparação a 2024/25. “[Isso] reforça a possibilidade de preços elevados e menor disponibilidade no mercado”, diz.

A produção de etanol de milho deve crescer 2,4 bilhões de litros na próxima safra, mas a indústria tende a priorizar o açúcar, reduzindo a oferta de biocombustível.

Além disso, o governo estuda elevar a mistura do etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, com decisão esperada entre abril e maio. Caso isso se concretize, a demanda pelo combustível deve crescer ainda mais, acredita o executivo.

Com informações do Exame / César H. S. Rezende

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