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Atvos solicita licença para implantar unidade de biometano na usina Santa Luzia
Durante reunião com representantes do governo de Mato Grosso do Sul, a sucroenergética Atvos – que controla três unidades no estado – entrou com pedido para uma licença de ampliação e instalação de um projeto de biometano na usina Santa Luzia, situada em Nova Alvorada do Sul.
De acordo com o secretário de estado de meio ambiente, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação (Semadesc), Jaime Verruck, esse é o segundo projeto em Mato Grosso do Sul envolvendo a implantação de uma planta biometano pelo setor sucroenergético, com investimento previsto de R$ 350 milhões. A capacidade instalada de produção seria de 28 milhões de metros cúbicos de biometano, fabricado a partir da biomassa de cana e da vinhaça.
A reunião realizada nesta quarta-feira, 18, teve a presença de Verruck; do assessor de investimentos e secretário-executivo de qualificação profissional, Esaú Aguiar; e do diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), André Borges. Além disso, também participaram o chefe de relações institucionais da Atvos, João Pedro Pacheco; e o diretor-superintendente da sucroenergética, Marcelo Fiomari.
“É um projeto extremamente relevante para o estado dentro de toda a lógica de descarbonização da economia, mostrando, na verdade, essa estratégia de diversificação da própria base de produção”, enfatizou Verruck.
O secretário explica que, inicialmente, o biometano será utilizado para a conversão das frotas da usina Santa Luzia e da usina Eldorado. “É um projeto robusto e será o maior projeto deste tipo já instalado no estado, permitindo inclusive a colocação de produtos de venda de biometano para o mercado”, acrescentou.
Também de acordo com ele, o estado já manifestou interesse em adquirir biometano por meio da própria companhia de gás, a MSGás, que lançou um edital de aquisição de biometano. “Eu tenho destacado que o biometano, na verdade, pode ser distribuído na mesma estrutura de gás natural e, também, ser usado para substituição de veículos a diesel”, afirmou.
Verruck complementa que Mato Grosso do Sul tem grande espaço para substituição dos caminhões que hoje operam com diesel, mas que podem operar a biometano. “Com isso, teríamos uma alteração da pegada de carbono de uma maneira bastante significativa, criando um novo produto dentro da cadeia de bioenergia que é a produção do biometano”, afirma.
Ele ainda completa: “Para isso, o governo do estado já fez uma redução de ICMS do biometano como forma de estímulo. Isso se encontra dentro do programa estadual MS Renovável, que é exatamente o estímulo de produção de energia limpa”.
Hoje, a Atvos possui três empreendimentos em Mato Grosso do Sul: a usina Eldorado, localizada em Angélica; a usina Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul; e a Costa Rica, no município de mesmo nome. Juntas, as usinas são responsáveis por esmagar aproximadamente 11 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.