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BP Bunge se consolida com crescimento de 30% em 3 anos de operação

Fotografia da Unidade TROPICAL da BPBunge. Edéia, estado de Goiás.
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A BP Bunge Bioenergia — uma das líderes brasileiras do setor de bioenergia e açúcar — faz um balanço de três safras completas. Neste curto espaço de tempo, a empresa, que nasceu no final de 2019 a partir da união dos ativos sucroenergéticos da BP e da Bunge no Brasil, consolidou sua evolução em indicadores de desempenho financeiro, performance operacional e geração de valor social e ambiental.

Os números da companhia no período endossam a posição de destaque da BP Bunge no setor. Na primeira safra (20/21) a companhia teve uma receita líquida de R$ 6,1 bilhões, indicador que avançou quase 30% se comparado com a última safra (22/23), saltando para R$ 7,9 bilhões. No mesmo intervalo, o EBITDA evoluiu cerca de 26%, passando de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,9 bilhões. A empresa cresceu, só na safra 22/23, em torno de 8% no indicador de moagem, chegando à marca de 25,3 milhões de toneladas de cana processadas.  

“Atribuímos esses bons resultados a diferentes fatores: fizemos uma integração muito bem-sucedida na fase inicial do negócio, temos uma posição financeira sólida e uma gestão bastante disciplinada nesse sentido, além disso, investimos de forma contínua e estratégica visando atingir novos patamares de produtividade e rentabilidade”, avalia Mario Lindenhayn, presidente-executivo e do conselho de administração da BP Bunge. 

O executivo pondera, ainda, a importância da consolidação da companhia neste momento particular em que tanto se fala sobre a contribuição do etanol para as demandas em torno da descarbonização. “A solução para transição energética não se fará por um único caminho, são várias rotas, mas o etanol é a solução que o Brasil já tem disponível, com escala, pronto para utilização e com potencial para diferentes aplicações. E entendemos como uma missão colaborar com o país nesse sentido”, completa.  

Investimento consistente e contínuo 

Desde o início de suas operações, a BP Bunge realizou investimentos que somam mais de R$6 bilhões, média de R$ 2 bilhões por safra, voltados, majoritariamente, a iniciativas agrícolas, mas também para a área industrial e de equipamentos. De acordo com Mario Lindenhayn, o movimento de investir de forma contínua e disciplinada, fez com que as 11 unidades da companhia alcançassem o primeiro quartil de performance industrial, com RTC de 93,7% na última safra. 

Paralelamente a isso, a BP Bunge conseguiu se posicionar como a empresa com a melhor performance agrícola. Neste ano, a companhia cresceu a disponibilidade da cana em suas plantações em 16%, ao mesmo tempo em que a produtividade cresceu 13% por hectare. Em outras palavras: em um único ano de performance, foi possível produzir o mesmo volume de cana em 13% a menos de área.  

“Esse fato demonstra a nossa capacidade de extrair o máximo possível de cada hectare. Temos mais volume em menos área, um fator importante e que está alinhado ao nosso principal objetivo, que é ganhar competitividade, e isso só é possível fazendo o melhor uso da nossa capacidade instalada”, analisa Lindenhayn. 

Outro ponto que coloca a companhia em evidência é a redução do endividamento, que caiu 26% desde a primeira safra. Sobre projeções relacionadas à safra atual (23/24), a companhia está focada na ocupação de toda a sua capacidade produtiva, e tem uma estimativa de avançar de 11% a 16% em moagem, o que representaria entre 28,2 e 29,5 milhões de toneladas – marca próxima à capacidade total, que é de 32,4 milhões. 

Etanol em destaque 

Um dos principais destaques de desempenho da companhia neste período foi a venda de etanol para o mercado externo, operação que tem como grandes clientes mercados como Estados Unidos, Japão, Coreia e Europa.

“Nossos indicadores neste aspecto cresceram quase 260% somente entre as safras 21/22 e 22/23, passando de R$ 150 milhões para R$ 539 milhões. Este resultado se deve ao aumento de demanda e preço, já que o biocombustível combina eficiência e descarbonização da matriz energética”, afirma Lindenhayn.  

No segmento de açúcar, a evolução também é muito significativa: no mercado interno, a BP Bunge cresceu mais de 200% em três anos, passando de R$ 130 milhões (21/22), para R$ 393 milhões (22/23). Já no mercado externo o avanço foi de 11% no mesmo período.  

Tecnologia: chave para o futuro 

Todo esse avanço da BP Bunge em relação à produtividade é resultado de investimentos consistentes em tecnologia. A companhia conta com uma central de controle agrícola que integra sistemas de monitoramento e geram dados para a tomada de decisões.

Entre os investimentos recentes está um amplo programa de prevenção e combate a incêndios nos canaviais, denominado Brigada 4.0 — que inclui monitoramento dos canaviais por câmeras e torres de controle. Como resultado, nos últimos dois anos foi alcançada uma redução média de 52% de áreas queimadas por hectare e de 50% no número de incêndios em áreas próximas às 11 usinas do grupo. Os investimentos em tais iniciativas somam R$ 30 milhões até 2024. 

Outro projeto bastante relevante e com impacto social é a parceria com a TIM, para a instalação de 100 torres 4G, que levarão conectividade para todas as unidades do grupo. A cobertura abrange 3 milhões de hectares espalhados pelos estados de Tocantins, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo — localidades onde a BP Bunge possui um total de 450 mil hectares de área plantada. Além da digitalização dos processos produtivos da empresa, o projeto beneficiará mais de 174 mil pessoas dos municípios vizinhos às usinas; em torno de 12.500 colaboradores, diretos e indiretos; 29 escolas públicas; e 10 unidades básicas de saúde. 

Referência em agricultura regenerativa 

Desde a sua fundação, a BP Bunge desenvolve soluções sustentáveis de gestão do campo, com foco em qualidade e produtividade dos canaviais. Hoje, dos 450 mil hectares sob gestão da companhia, 86% já contam com a utilização de vinhaça, capaz de expandir a longevidade, aumentar a produtividade dos canaviais e evitar o uso de água na irrigação. A projeção é expandir, até 2025, essa aplicação para 96% das lavouras. 

“Com essas medidas, a companhia já conseguiu, na safra 2022/23, substituir 100% do uso de fertilizantes nitrogenados da área de plantio por biológicos. Além de alternativas mais sustentáveis essas ações geraram ganhos relevantes de produtividade, redução de custo e menor dependência de produtos importados”, comenta Lindenhayn. 

Em 2023, a companhia construiu a primeira biofábrica — que produz esses insumos biológicos — na unidade de Itumbiara, em Goiás. Assim, teve início um projeto piloto que conta com 100% da adubação proveniente de resíduos e 100% do controle de praga e doenças com o uso de biológicos. “Estamos trabalhando para que esse projeto seja implantado nas outras unidades, gradativamente”, afirma Mário Lindenhayn. 

Agenda ESG 

Além das iniciativas voltadas à sustentabilidade, a agenda ESG da companhia, criada no início do negócio, abrange metas e compromissos a serem alcançados até 2030 que, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, expressam seus planos de evoluir, cada vez mais, gerando impacto social e ambiental positivos.  

Alguns exemplos de movimentos relacionados ao tema nos últimos três anos foram: a integração ao Pacto Global da ONU; a adesão ao movimento Elas Lideram, que levou a companhia assumir a meta de ter até 30% de liderança feminina até 2025; o investimento de R$2,3 milhões em projetos de cultura e esporte por meio de leis de incentivo, entre outros.

“Também superamos a meta de ter 25% das compras da companhia realizadas com fornecedores locais, visando fortalecer parcerias e movimentar a economia nas regiões onde atuamos. Em 2022, essa marca chegou a 32%”, comenta o presidente executivo.  

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