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Brasil amplia meta de redução de emissão de gases de efeito estufa

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De acordo com a ministra do Meio Ambiente, o objetivo é reduzir emissões no país de 37% para 48% até 2025

O governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira, 20, a ampliação de sua meta de redução de emissão de gases de efeito estufa durante a abertura da Cúpula da Ambição Climática, evento que integra a programação da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, leu uma carta em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que amplia de 37% para 48% a meta brasileira de redução de emissões até 2025 e de 50% para 53% até 2030.

“Não basta zerar o desmatamento para resolver a questão da mudança do clima. O mundo requer uma transição energética mais ampla. O Brasil, que já tinha uma das metas climáticas mais ambiciosas do mundo, decidiu ir além”, destacou o documento.

Ainda de acordo com o texto, o governo afirmou que vai atualizar nossa contribuição nacionalmente determinada no âmbito do Acordo de Paris e retomar o nível de ambição que foi apresentado originalmente na COP21 e que tinha sido alterado no governo anterior.

A carta, lida por Marina Silva, ainda afirmava que as responsabilidades históricas do Brasil são incomparavelmente menores que as dos países ricos. Além disso, ela afirmou que o país está agindo para transformar ambições em realidade.

“Mais de 3 bilhões de pessoas já são diretamente atingidas pela mudança do clima, em especial, em países de renda média baixa. São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens e migrantes os mais impactados. Nenhum país deve ter que escolher entre lutar contra o aquecimento global ou combater a fome ou a pobreza. Esse é um falso dilema. Todos temos um compromisso ético de fazer ambos”, disse.

Presidente defendeu união contra emergência climática e desigualdade na ONU

Em discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil “já provou uma vez e vai provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível”. O combate da emergência climática, completou o presidente, só será possível com o fim da fome e da desigualdade.

Ele afirmou que agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas. “Os países ricos cresceram baseados em um modelo com altas taxas de emissões de gases danosos ao clima. Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas”, disse em discurso.

A promessa das nações ricas na COP15, em 2009, de destinar US$ 100 bilhões anuais de 2020 a 2025 em financiamento climático para os países em desenvolvimento “permanece apenas isso, uma promessa”, disse Lula. Hoje, o valor é insuficiente para uma demanda que chega aos trilhões de dólares, acrescentou.

Segundo ele, o Sul Global não deseja repetir o modelo de crescimento baseado nas altas emissões de carbono, que perpetua as desigualdades, afirmou Lula. “No Brasil, já provamos uma vez e vamos provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. Estamos na vanguarda da transição energética, e nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo.”

Hoje, 87% da energia elétrica brasileira vem de fontes renováveis, e a geração de energia solar, eólica, biomassa e biodiesel, por exemplo, cresce anualmente. O presidente destacou o Plano de Transição Ecológica, comandado pelo Ministério da Fazenda, para impulsionar o desenvolvimento sustentável e a transformação para uma economia de baixo carbono.

Com informações da Agência Brasil e do MMA
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