Home Últimas Notícias Cade investiga uso de software de precificação no mercado de combustíveis
Últimas Notícias

Cade investiga uso de software de precificação no mercado de combustíveis

etanol
Foto/Ilustração- Abastecimento
Compartilhar

Prática envolveu postos em várias cidades do Brasil

A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou nesta terça-feira, 19, um processo administrativo para apurar suspeitas de influência e incentivo à adoção de práticas comerciais uniformes no mercado brasileiro de combustíveis. As condutas anticoncorrenciais são decorrentes do uso de algoritmo de precificação em postos de combustíveis em várias cidades do Brasil.

O alvo da investigação é uma empresa desenvolvedora de software que apresenta uma solução tecnológica aos donos de postos de combustíveis. A ferramenta consiste em algoritmos que geram um preço dinâmico baseado em custo, volume e preços praticados para uma maior rentabilidade dos seus usuários.

De acordo com a empresa, o uso do software evitaria a tomada de decisões individuais por parte dos proprietários de postos, o que evitaria a disputa de preços ou a queda acentuada dos valores dos combustíveis. Além da empresa de software, a investigação alcança um sindicato de combustíveis que teria recomendado o uso da ferramenta a seus associados.

A partir do cenário apresentado, o Cade apura se essas condutas têm o potencial de promover a adoção de conduta comercial uniforme entre concorrentes no mercado nacional de combustíveis por meio do uso de algoritmo de precificação.

Com a instauração do processo administrativo, os representados serão notificados para apresentarem suas defesas. Ao final da instrução, a superintendência-geral opinará pela condenação ou arquivamento do caso. As conclusões serão encaminhadas ao tribunal do Cade, responsável pela decisão final.

Em caso de condenação, as empresas representadas estão sujeitas a multas administrativas que variam de 0,1% a 20% dos respectivos faturamentos, além de eventuais penalidades acessórias.

De acordo com o Cade, a utilização de algoritmos de precificação é alvo de debates internacionais. O assunto também suscita atenção de autoridades de defesa da concorrência de outros países pelos riscos de condutas anticompetitivas.

“É importante destacar que, embora a utilização de algoritmos de precificação não seja ilícita por si só, a preocupação é a utilização desse tipo de tecnologia com o intuito de viabilizar ações coordenadas entre concorrentes nos mercados, o que pode se tornar uma prática que atenta contra a ordem econômica”, afirma o Cade, em nota.

Compartilhar
Artigo Relacionado
Renovabio
Últimas Notícias

APROBIO apoia iniciativa do MME em defesa do RenovaBio

A Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO) protocolou nesta quinta-feira...

Últimas Notícias

Entrega de fertilizantes ao agro cresceu no primeiro bimestre

Dados compilados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA) indicam um...

Últimas Notícias

Área tratada por defensivos agrícolas cresce 1,8% no primeiro trimestre de 2025 no Brasil

Pesquisa encomendada pelo Sindiveg aponta que, de janeiro a março, o volume...