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Centro-Sul deve colher 560 milhões de toneladas de cana em 2025/26, projeta Santa Eliza

Canavial irrigado (Crédito: Netafim)
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O CEO da Santa Eliza Agroflorestal Gestão Empresarial, Josmar Verillo, projetou a safra de cana-de-açúcar 2025/26 no Centro-Sul em 560 milhões de toneladas, para uma área plantada de 7,5 milhões de hectares e produtividade de 75 toneladas por hectare.

“É uma previsão mais pessimista do que a da Orplana”, reconheceu Verillo na manhã de ontem, 22, durante painel na 24ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em São Paulo (SP).

No dia anterior, na mesma conferência, a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) projetou quebra de pelo menos 9% na safra 2024/25, para 590 milhões de toneladas, e nova quebra, de 1,36%, em 2025/26, para 582 milhões de toneladas. Na safra 2023/24, foram moídas 654 milhões de toneladas.

Segundo Verillo, vários aspectos contribuirão para uma colheita menor na próxima safra. São fatores herdados de uma safra problemática este ano, que contou com falta de chuvas, seca e calor extremos e, para coroar, os incêndios nos canaviais em setembro.

Verillo comenta que, neste ano, o clima afetou fortemente as lavouras, com um verão irregular e outono e inverno extremamente secos, além das queimadas. “Entre abril e setembro de 2024, as brotações também foram irregulares, com a morte de soqueiras”, prosseguiu.

Além disso, as chuvas de primavera chegaram “muito atrasadas” em 2024. “As primeiras chuvas começaram só na segunda quinzena de outubro, o que deve atrasar o desenvolvimento dos canaviais da próxima safra”, disse. Diante deste cenário, ele avalia como “improvável” que a moagem comece em março de 2025.

O plantio da cana de primeiro corte em 2025 também se reduziu. “Em 2024, já havíamos tido essa redução, na base de 20% ante 2023 e, além disso, entre janeiro e maio de 2024 a qualidade dos plantios foi prejudicada pelo clima seco”, complementa.

A seca prolongada e os incêndios, por sua vez, provocaram “forte atraso” no desenvolvimento vegetativo da cana no início da safra em 2024, o que terá reflexos em 2025. Assim, se para compensar essas perdas que se arrastam desde 2024 o produtor pudesse aumentar a área plantada em 2025, esbarraria na falta de mudas. “Há necessidade de mais áreas de mudas porque, hoje, há pouca disponibilidade de mudas”, afirma.

Com informações da Agência Estado/Tânia Rabello

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