O banco também atualizou as perspectivas para o balanço do primeiro trimestre de 2025
A Jalles está se aproximando de sua meta de aproximadamente 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar moída, o que reforça a visão positiva sobre a companhia, informa o Citi em relatório. “No entanto, não prevemos gatilhos positivos relevantes no curto prazo”, ponderaram os analistas do banco, Gabriel Barra e Pedro Gama.
O Citi manteve a classificação de compra para os papéis da Jalles, assim como o preço-alvo de R$ 9,00 por ação, o que representa retorno esperado de 121,7%, considerando o fechamento de terça-feira, 22, a R$ 4,06 a ação.
Segundo o Citi, a empresa deve registrar um fluxo de caixa livre (FCF) apertado durante a temporada 2025/26 e os preços do etanol podem cair no curto prazo.
“Em nossa visão, há uma probabilidade relevante de que a Petrobras reduza os preços da gasolina em breve, para tornar o preço doméstico inferior ao IPP (em linha com a redução do preço do diesel da semana passada), a fim de refletir os menores preços do petróleo”, comentou o banco.
Os analistas ainda acrescentaram: “Dito isso, considerando a paridade entre etanol hidratado e gasolina, se a Petrobras reduzir o preço da gasolina, o preço do etanol seguirá a tendência de queda”.
A Jalles divulgará os resultados do quarto trimestre de 2024/25 em 17 de junho. Para o período, o Citi espera um maior volume de vendas de açúcar e etanol em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para os analistas do banco, isso refletiria os volumes estocados, “uma vez que a empresa já concluiu sua colheita, alcançando uma maior moagem de cana-de-açúcar e uma maior produção de açúcar durante a temporada”.
Combinados com os preços mais altos do etanol em relação ao mesmo período do ano anterior e os preços mais baixos do açúcar também em relação ao mesmo período do ano anterior, o banco espera que a Jalles registre receia líquida de R$ 675 milhões (+34% em relação ao ano anterior).
Já o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado deve ser de R$ 410 milhões (+29% em relação ao ano anterior) e o prejuízo líquido, de R$ 7 milhões.
O Citi atualizou o modelo com novas estimativas macroeconômicas e visão para a safra de cana-de-açúcar de 2025/26, enquanto manteve a perspectiva da equipe de commodities sobre o mercado de açúcar.
“Em relação às perspectivas para a safra, o bom nível de chuvas nos últimos dias deve sustentar um bom nível de produtividade para esta safra; além do aumento da área colhida, esperamos que a Jalles aumente sua moagem este ano para cerca de 8,3 milhões de toneladas”, afirma o banco.
Os analistas ainda acrescentam que “esta estimativa é ligeiramente inferior à anterior (cerca de 8,5 milhões de toneladas), visto que reduzimos um pouco nossa produtividade” e completam: “Uma importante agenda tarifária dos Estados Unidos exige gestão de riscos e oferece oportunidades”.
Agência Estado